24/10/2017 - 17:00 - Graduação
Fonte: Michele Moraes
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Aula conjunta com entre os cursos de Psicologia e Nutrição foi realizada nesta terça-feira (24) com o intuito de debater sobre temas que unem as duas áreas, estes sendo principalmente a Anorexia Nervosa, além de outros distúrbios alimentares, que precisam do acompanhamento tanto do nutricionista, quanto do psicólogo.
Quem ministrou a palestra foi a nutricionista Laura de Oliveira Borges, que deu um resumo de alguns conceitos da anorexia e bulimia e trabalhou principalmente exemplos no tratamento dessas doenças realizado por ambas as áreas.
A coordenadora do evento, professora Paula Alessandra da Silva, acredita que hoje em dia o que deve ser debatido não é apenas o tratamento dessas doenças, mas também a prevenção das mesmas, mesmo que seja difícil por se tratar do psicológico e emocional.
Ela comenta que a influencia das mídias no adolescente seja um dos principais responsáveis pelo aumento descomunal na quantidade de crianças que desenvolvem a doença.
“Era um caso comum 15 anos atrás que o anoréxico fosse uma adolescente entre 15 e 17 anos, na sua maioria mulheres, e hoje esse perfil foi completamente modificado, pois agora nós temos crianças entre 9 anos em diante com problemas de anorexia e o caso em meninos aumentou também. Nós atribuímos isso à mistificação que a mídia impõe que a beleza está na pessoa magra e essa busca constante das crianças em se parecer com os influenciadores digitais”, diz Paula sobre a palestra de Laura.
Laura explica em sua palestra que apesar das diversas prevenções, a doença ainda assim é, acima de tudo, um distúrbio neurológico e comportamental, assim sendo a própria auto-estima da pessoa pode ser a causa da doença. Assim sendo, ela debate longamente sobre o bullying e a falta de tolerância entre as crianças e adolescentes, proveniente do convívio com intolerância nas escolas e às vezes com os próprios pais.
“Já cansamos de ver casos em que a pessoa anoréxica era aquela pessoa gordinha da escola, excluída dos grupos por esse fato, e que tentou modificar sua condição com maneiras drásticas para poder se adequar a aquilo que todo mundo quer que ela seja. E isso não vem apenas da escola, que o que mais se fala, às vezes esse bullying vem de dentro da própria casa, em que a mãe convence a criança, mesmo que seja sem querer, que se ela não for magra ninguém vai gostar dela ou coisas piores” comenta Laura.
Texto sob supervisão de Gilmar Hernandes
Inscrição deve ser feita pela internet
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