Artigo: Festa de São Pedro e São Paulo

04/07/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pe. Pedro Pereira Borges

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Neste domingo, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo. O evangelho da festa de São Pedro e São Paulo, tirado de Mateus 16,13-19, propõe a profissão de féde Pedro diante de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16). Segundo o Papa, essa profissão de fé “não é uma declaração fruto de uma racionalização, mas uma revelação do Pai ao humilde pescador da Galileia, como confirma o próprio Jesus, dizendo: ‘porque não foi carne e sangue quem te revelou isso’ (Mt 16, 17). Simão Pedro está tão próximo do Senhor como para se converter ele mesmo em uma rocha de fé e de amor sobre a qual Jesus edificou sua Igreja e ‘a fez – como observa São João Crisóstomo – mais forte que o próprio céu’. De fato, o Senhor conclui dizendo: ‘tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus’” (Mt 16,19).

Sobre Paulo, nós encontramos quase que sua autobiografia na Segunda Carta a Timóteo, que será lida hoje em todas as comunidades católicas brasileiras. No fim de sua vida, Paulo diz: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa”. Essas palavras são fruto de uma experiência profunda de quem, sem ter conhecido pessoalmente Jesus, foi tocado por Ele com uma visão que derrubou todas as suas certezas e teve que tirar as escamas dos olhos que o impediam de enxergar Cristo como o Salvador enviado por Deus ao mundo.

Para Bento XVI, Pedro e Paulo, “apesar de terem recebido de Deus carismas e missões diferentes para cumprir, são ambos fundamento da Igreja una, santa, católica e apostólica, ‘permanentemente aberta à dinâmica missionária e ecumênica, já que é enviada ao mundo para anunciar e testemunhar, atualizar e estender o mistério de comunhão que a constitui’”.

Diante dessas duas colunas da Igreja, éimportante que nós, cristãos, nos lembremos de nossa missão no mundo. O Papa, analisando o trabalho missionário da Igreja, a partir da experiência de São Paulo, apresenta as três características que devem acompanhar os apóstolos de qualquer época. A primeira característica, explica, é “ter visto o Senhor, ou seja, ter tido com Ele um encontro determinante para a própria vida”. O encontro com Jesus marcou o início da missão de Paulo. “Paulo não podia continuar vivendo como antes, agora se sentia investido pelo Senhor do encargo de anunciar seu Evangelho, na qualidade de apóstolo”.

A segunda característica é a de “ter sido enviado”. O fato de que a iniciativa de enviar o apóstolo parte de Jesus faz com que o apóstolo cumpra a missão em seu nome, pondo absolutamente em segundo plano qualquer interesse pessoal.

A terceira característica do apóstolo é a “dedicação completa da vida a esta missão”. “Ser apóstolo, portanto, não é e não pode ser um título honorífico, mas empenha concreta e dramaticamente a existência do sujeito interessado”.

Conclui o Papa: “O exemplo dos apóstolos Pedro e Paulo ilumine as mentes e acenda nos corações dos crentes o santo desejo de cumprir a vontade de Deus, para que a Igreja peregrina na terra seja sempre fiel a seu Senhor. Dirijamo-nos com confiança à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, que do Céu guia e sustenta o caminho do Povo de Deus”, para que haja hoje apóstolos dispostos a anunciar Jesus Cristo, como fizeram Pedro e Paulo!

Fonte: zenit.org