Artigo: Jesus nos convida a dizer sempre a verdade

13/02/2011 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pe. Pedro Pereira Borges

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O que significa ser cristãos e o que isso tem a ver conosco? É apenas uma série de preceitos a serem vividos para aplacar Deus ou é algo diferente? Por que todo um mundo juvenil não frequenta mais a Igreja e não se sentem bem quando se fala de Deus? É tão simples viver e ser cristãos?

Nós pensamos sobre isso muitas vezes e é difícil encontrar respostas precisas. Jesus, no evangelho de hoje, de Mateus 5,17-37, não dá uma resposta precisa a essas perguntas, mas ilumina a nossa relação entre a fé e as leis. Jesus não veio para mudar nenhuma lei, mas procura cumpri-las e dar um sentido mais alto a elas. Para Ele, o que importa não é a observância material dos preceitos, mas aquilo que eles podem ajudar o homem a ser melhor: a relação com Deus e com os irmãos. Se tenho uma relação serena com Deus, se sou franco com Deus, não preciso que ninguém venha me dizer o que devo fazer.

Imaginemos como Jesus viveu e então saberemos como viver como cristãos. Para Jesus, não existem inimigos, mas pessoas que devemos amar e respeitar. Ele jamais criticou a pessoa. Criticou, sim, aquilo que alguém faz de errado. Jesus agiu com transparência, jamais com uma lógica de comprometimento com o pecado do mundo. Pregado na cruz, perdoou, não insultou, deu a outra face. Daqui se conclui que o homicídio é sempre um erro e a violência nasce lá onde o homem nutre rancor e ódio pelo próprio homem. O adultério surge quando se quer simplesmente desejar por desejar a pessoa de um outro. Na raiz do adultério está a relação entre o casal e Deus. Quando tal relação não existe na prática, logicamente é difícil falar de amor eterno ou mesmo de fidelidade num matrimônio.

Jesus nos convida a dizer sempre a verdade. Não tem sentido “jurar por Deus”, uma vez que o cristão é chamado a ter uma posição clara diante de tudo: sim, sim e não, não. Em um mundo oprimido pelas palavras, temos necessidade de pessoas que não somente sejam apenas especialistas na fofoca, mas que nos ajudem a ler a realidade de maneira mais profunda. Precisamos deixar de jogar as palavras ao vento para deixarmos de ser superficiais e assim nos tornar mais significativos naquilo que falamos. É esse o momento no qual a pessoa deixa de ser um número entre muitos, mas se torna meu amigo, com um nome específico, é alguém em quem posso confiar meus problemas. E, enfim, o sim: sim! Não: Não! Nos ajuda a compreender o quanto a palavra seja uma pedra pesada porque as palavras são também um verdadeiro tapa na cara dos outros. Dizer: “te amo”, “te perdoo”, “te odeio”, não é a mesma coisa, mas mostra a maneira como nos relacionamos com os outros.

Falar entre cristãos é o mesmo que perceber que a primeira palavra foi Deus que a pronunciou e nós somos chamados a ter uma linguagem autenticamente cristã, sem falsidade, comprometimentos, críticas veladas, que podem desqualificar quem as pronuncia. Tudo aquilo que causar escândalo é melhor tirar e jogar fora, para não cair na descarga da Geena.

Não é fácil ser cristãos e não basta viver uma série de regras. Significa pôr em prática, com nossas dificuldades e nossos pecados, o Evangelho que é Jesus, para nos conformar à sua pessoa, para ser plasmados por Ele, para viver na perspectiva da doação constante a Deus e aos outros. Ser cristão é andar pelos caminhos que Jesus andou por primeiro.

 

Fonte: Qumran

 

 

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