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Neste XXIV Domingo do tempo comum, meditamos sobre o evangelho de Mateus 18,21-35. Jesus nos fala de perdão.
Quantas vezes devo perdoar? Bom senso, oportunidade, justiça humana, são termos insuficientes para compreender de maneira justa a moral cristã.
E isso não só porque Jesus veio para aperfeiçoar a lei. “Olho por olho, dente por dente”, como foi dito aos antigos é uma norma que Cristo, na sua autoridade de legislador supremo, declara superada.
Mas existe algo a mais. Depois da morte redentora de Jesus, o homem se encontra em uma nova situação: o homem vive perdoado. Sua dívida para com Deus foi paga e sua condenação foi cancelada.
Aquele que havia conhecido o pecado, Deus o fez pecado em nosso favor, para que pudéssemos nos tornar por meio dele justiça de Deus (2 Cor 5,21).
O Pai já nos vê em Jesus: filhos justificados. O meu pecado pode ainda enfraquecer a minha relação filial com o Pai, mas não pode eliminá-la. Mais do que o seu pecado, o homem é determinado pelo perdão infinitamente misericordioso de Deus: “O pecado do homem é como um monte de areia – dizia São Serafim de Sarov – e a misericórdia divina é um mar sem fim”.
A miséria humana mergulha na acolhida purificadora de Deus. Se esta é a novidade trazida por Jesus, também o perdão humano deve se adequar aos parâmetros divinos: “sede misericordiosos como o vosso Pai do céu é misericordioso!”.
Se Deus olha para o ser humano como um ser perdoado em Cristo, eu não posso olhar para ninguém como condenado. Se Deus nos acolhe em Jesus assim como somos para nos transfigurar em Jesus, o acolhimento bondoso se torna uma necessidade da vida, uma bem-aventurança.
A comunidade cristã não tem a pretensão de ser uma sociedade de perfeitos, mas deve se transformar num lugar de perdão, numa sociedade de perdoados que todos os dias degusta da alegria da bondade de Deus e deseja torná-la viva no perdão que se dá entre nós. Perdoe sempre e você se tornará divino.