Artigo: Os cristãos de hoje devem ter a mesma fé e o mesmo otimismo dos primeiros cristãos

17/06/2012 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pe. Pedro Pereira Borges

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Uma das tantas críticas que se faz ao cristianismo é esta: Jesus pregou o Reino de Deus, os apóstolos, porém, fizeram nascer a Igreja. Em outras palavras, Jesus queria falar de Deus e do mundo renovado com a sua presença e, ao contrário, os primeiros cristãos ergueram uma organização religiosa que, ao longo da história, sempre traiu as intenções de Jesus, que tinha em mente uma nova religião.

Trata-se de uma crítica muito forte e dura, que soa como uma condenação a priori, mas, ao mesmo tempo, muito ouvida e discutida.

No relato do evangelho de hoje, Marcos (4,26-34) fala que Jesus tira toda a sacralidade da lei diante de tantas regras e rituais rígidos da religião hebraica como era praticada por muitos de sua época.

Jesus tem no coração o desejo de recuperar o espírito originário das Escrituras antigas, enquanto critica alguns dos responsáveis religiosos do seu tempo porque com a sua prática e seu ensinamento mataram a fé e a união com Deus.

Mas não podemos nos esquecer de que nós somos portadores da palavra e da própria vida de Jesus através da memória e do testemunho da primeira comunidade cristã. Sem a primeira Igreja, nós não teríamos nenhuma lembrança de Jesus. O evangelista Marcos, assim como os outros, escreve como cristão que pertence a uma comunidade que recorda e celebra o Senhor ressuscitado.

É, portanto, injusto dizer que a primeira Igreja traiu a liberdade que Jesus introduziu com as suas palavras e com o seu testemunho.

Esta é a razão pela qual as palavras do evangelho deste domingo testemunham que a vontade da Igreja, desde o início, é a de viver nas palavras e, sobretudo, no estilo de Jesus.

Jesus aparece neste evangelho profundamente otimista diante da vida e da força de sua palavra.

Ele usa a imagem de uma pequena semente para explicar a força da vida. Tudo começa pequeno, mas está provido de uma grande força que vai crescendo aos poucos.

Jesus sabe que suas palavras, ditas quase sempre para um pequeno grupo de discípulos, nem sempre com instrução nem mesmo básica, nem ricos ou poderosos, terão futuro e não se perderão. E, de fato, as suas palavras chegam também para nós hoje depois de, ao longo dos séculos, iluminaram gerações inteiras de cristãos e, através delas, mudaram o mundo.

As perguntas que devemos fazer como Igreja são: “nós também temos a mesma confiança de Jesus?” ou “acreditamos também nós no poder do evangelho para mudar o mundo?”.

Talvez ao longo da história a Igreja nem sempre soube testemunhar o evangelho, mostrando sua fé no poder do dinheiro ou mesmo das armas. Mas, não obstante isso, a comunidade dos cristãos ainda é o veículo principal para que o evangelho de Jesus entre na história humana.

Contudo, a Igreja é cada um de nós, é cada um dos batizados que tem a missão no pequeno terreno da própria vida de lançar a pequena semente de Jesus. É assim que o Reino de Deus, isto é, a presença de Deus na história, cresce e se expande.

O Reino de Deus precisa da nossa fé e do nosso otimismo, como Jesus tinha e também os primeiros cristãos, que estavam conscientes no começo de serem poucos e nem sempre amados, mas que acreditaram e deram testemunho de Jesus ao mundo.

Graças ao seu otimismo e fé, nós hoje podemos conhecer, amar e viver o evangelho e, com ele, podemos fazer do mundo um lugar melhor para viver.

(Fonte: Qumran)

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