Assistente Social da Católica fala sobre o ciclo de violência contra a mulher

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“A violência contra a mulher é uma violação grave dos direitos humanos e se manifesta de forma recorrente e silenciosa nos lares, nas ruas, no ambiente de trabalho, em espaços públicos e privados”, destacou a assistente social da Clínica-Escola da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Elaine Herculano, na abertura da palestra sobre enfrentamento à violência contra à mulher, realizada nesta tarde, no auditório do bloco B.

“Muitas vezes a gente acha que a violência é apenas física. Não, gente, a violência é física, psicológica, moral, sexual e patrimonial”, reforçou a palestrante para o auditório composto em sua maioria por colaboradoras da Católica. 

Ela completou ainda falando sobre o ciclo da violência que cerca as mulheres. “Geralmente, começa com o aumento da tensão, quando o agressor demonstra comportamentos hostis, como o ciúme excessivo e críticas constantes, faz manipulações e a controla. No segundo momento é a explosão, a agressão. A vítima sente medo, dor, vergonha e muitas vezes culpa. Mas aí depois vem a lua de mel, vem o homem bonzinho, o amor da minha vida, implorando dizendo que vai mudar”, contou a assistente social.

Consequências na saúde física, barreiras para efetuar a denúncia, programas de apoio às mulheres, plano de segurança pessoal, como colaborar na prevenção e como denunciar (ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher; e 190 - Polícia Militar), também foram temas abordados na palestra. 

“Esse mês é marcado pela campanha Agosto Lilás, que faz referência à lei Maria da Penha. A Universidade, sob a liderança do nosso reitor, Padre José Marinoni, no dia 11 de junho de 2025, firmou o compromisso de adesão à campanha Todos por Elas, assumindo a responsabilidade de promover ações voltadas para o enfrentamento da violência contra a mulher e engajar toda a nossa comunidade universitária nessa causa”, explicou o coordenador da área de Recursos Humanos e Organizacional (RHO) da UCDB, Lucas Gomes Rodrigues.

O Pró-Reitor de Pastoral e Assuntos Comunitários, Pe. Rafael Gustavo Santos Souza Lopes, também aproveitou o momento para se solidarizar a causa. “Vivemos em tempos em que falar de violência contra a mulher não é apenas uma questão social, mas também uma questão profundamente humana e espiritual. A igreja reconhece que toda a vida é sagrada. Quando uma mulher sofre violência, seja ela física, psicológica, moral ou patrimonial, não é apenas uma pessoa que é ferida, é toda a humanidade que sangra”.

A UCDB integra a campanha Todos por Elas, promovida pelo Governo de Mato Grosso do Sul, Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, reafirmando o compromisso em promover os direitos das mulheres no combate ao feminicídio.