Biotério é a grande atração da Expogrande

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Boa constrictor eRinocerophis alternatus, conhece? E se disser jibóia e urutu. O stand da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) na 72ª Expogrande tem um espaço voltado para tirar dúvidas em relação as cobras, o Biotério. Trata-se de uma área específica, autorizada e equipada para acomodar serpentes e roedores dentro dos padrões e das condições sanitárias estabelecidas pelas normas internacionais de criação e manutenção de animais.

A exemplo do ano passado, o espaço é um dos mais visitados do evento. Os visitantes têm diversas curiosidades e aproveitam a oportunidade para quebrar alguns mitos sobre os animais. Durante alguns minutos a pedagoga Luzineia Nantes, 25 anos e o estudante Marcos Aristides de Barros, 10, estiveram no estande da Católica e se surpreenderam ao saber que a cobra-cega não é cobra e nem cega. “Ela é um lagarto”, explicou a estagiária e acadêmica do primeiro semestre de Biologia, Paola Ximenes.

Luzineia, ex-acadêmica da turma de 2008 de Pedagogia da UCDB, já conhecia o trabalho do Biotério e levou o pequeno Marcos para conhecer o mundo das serpentes. “Estudei lá quatro anos, mas não imaginava que além do que eu conhecia, a universidade tinha tanta pesquisa de qualidade”, comentou a pedagoga. Marcos se encantou com a cobra cipó (Chironius bicarinatus) e descobriu que o guizo da cascavel não determina sua idade, mas é um sinal da troca de pele. “Em média, a troca acontece quatro vezes por ano e depende da alimentação”, esclareceu a estagiária Gleice Capillé, também do primeiro semestre de Biologia.

Trabalhos

Os principais trabalhos desenvolvidos no Biotério da UCDB são manejo de serpentes, prevenção e primeiros atendimentos ocasionados por serpentes, resgate da fauna ofídica em perímetro urbano e rural em todo o Estado, visita a escolas com exposição de animais (educação ambiental) e extração e estudo de toxinas.

Acadêmicos de Biologia, Zootecnia, Farmácia, Medicina Veterinária Psicologia, Agronomia e Engenharia da Computação desenvolvem pesquisas no local. Essas pesquisas permitem, inclusive, o auxílio nodesenvolvimento de medicamentos; por exemplo, o veneno dajararaca do Cerrado, que éextraído e processado no Biotério UCDB,é encaminhadoa grupos de pesquisa para desenvolvimento de estudos voltados para inibiçãode crescimento de tumor cancerígeno.