Evangelho do dia: A beleza do amor

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Hoje, celebramos a festa da Transfiguração de Jesus. Trata-se de um dos acontecimentos mais importantes do cristianismo. Jesus, depois de falar para os discípulos sobre a morte que o esperava em Jerusalém, viu que os discípulos ficaram desanimados. Então, para reanimá-los, tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou até o alto do Monte Tabor.
Segundo Lucas 9,28b-36, no monte, “enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. [...] E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom, melhor, é belo estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. E da nuvem que estava sobre eles, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”.
Jesus, em oração no Monte Tabor, conversa com Moisés e Elias sobre seu ato supremo de amor: a morte na cruz. Nesse momento, Ele revela um raio da beleza de Deus: “seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante”, escreve Lucas. Deus é beleza. Mas que tipo de beleza Ele tem? A beleza do amor que dá a vida pelos próprios amigos (cf. Jo 15,13). Pedro, testemunha daquele diálogo de amor, se vê envolvido por essa fulgurante e suave beleza e exclama: “Mestre, é bom estarmos aqui”. Em outras palavras, Pedro certamente quis dizer: “Mestre, é belo estar na tua presença que infunde amor, paz e uma sublime plenitude de vida”.
Em nosso coração está esculpido um profundo desejo de beleza, de uma beleza que livra, que eleva e que faz degustar antecipadamente a eternidade. O caminho para chegar ao porto da eternidade é a Palavra nova que nos foi dada por Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 13,34).
Subindo o Tabor da oração, do abandono nas mãos de Deus e da vontade de seguir as pegadas de Jesus, descobriremos a verdade das palavras de Santo Agostinho: “A nossa alma é feia por causa do pecado; torna-se bonita amando a Deus, que é a beleza em si mesmo. Da mesma forma que cresce em ti o amor também aumenta a beleza da alma”. O homem é, assim, aquele que ama!
A cruz, como ato de amor, não é então uma derrota, um fracasso, mas é o caminho que conduz à beleza do amor. Naquela cruz, manchada de sangue, na qual Jesus ouve o eco dos insultos, dos escárnios dos seus adversários e do grito de abandono de Jesus, esconde-se a beleza divina e floresce a nossa beleza.
Não estamos sozinhos sobre a nossa cruz, mas estamos profundamente unidos a Jesus crucificado que nos torna participantes da glória e da beleza da ressurreição.
Rezemos e assim subiremos com Jesus ao Monte Tabor, e escutemos a voz do Pai que nos diz: “escutem o meu filho. Segui-o! descobrireis, assim, a beleza que salvará o mundo!”.

Fonte: www.aquilaepriscilla.it