10/11/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O evangelho de hoje, de Lucas 17,11-19, fala da gratidão. Será que agradecemos quando uma pessoa para na estrada para nos ajudar quando nosso carro estraga? Nós ficamos com aquela sensação: o cara nunca me viu, também sabia que nunca voltaríamos a nos encontrar para que eu agradecesse o favor. Apesar de tudo, teve a caridade de parar e me ajudar.
Parece que nós sentimos a obrigação diante disso de fazer brotar a gratidão do coração. Geralmente, as pessoas que sabem agradecer as coisas grandes, são as que também o fazem diante dos pequenos detalhes, que poderiam passar despercebidos. Por exemplo, é difícil agradecer ao motorista que cede a vez no meio do tráfego, ao que sabe sorrir no trabalho nas segundas de manhã, à pessoa que nos atende na farmácia ou no banco. Porém, se olharmos bem, as pessoas que fazem isso são felizes porque lhes sobram motivos para dizer essa palavra mágica que, para os outros, soa estranha e em muitos casos até humilhante. Quem a pronuncia com sinceridade, ao mesmo tempo enche o ar de alegria e cria “o círculo virtuoso” da gratidão, no qual cada um cumpre com o seu dever com maior alegria e perfeição.
E se essas pessoas agradecem aos homens pelos pequenos favores, quanto mais a Deus que é quem através de meios tão variados nos faz chegar todo o bem que temos na vida: “Obrigado!”.
Nós nem sempre agradecemos Deus pelos benefícios recebidos. Somos prontos para pedir e tardios para agradecer. Às vezes tudo nos parece tão natural que não temos a sensibilidade de dizer-Lhe: muito obrigado. Somos como os nove leprosos que Jesus mandou ir mostrar-se aos sacerdotes para receberem o certificado da cura.
A falta de capacidade de agradecer nos torna amargos. A coragem de agradecer nos faz mais humanos. E a Deus nós agradecemos pelas maravilhas da natureza: pelo ar que é gratuito para todo mundo. Pela água: esse tesouro da natureza. A Deus nós agradecemos pelas maravilhas do corpo humano. Por exemplo, os nossos olhos a mais perfeita máquina fotográfica já inventada, os nossos ouvidos são fruto de uma engenharia técnica sem réplica na história da humanidade.
Quando nós agradecemos a Deus, somos como o leproso samaritano que voltou para dizer a Jesus que estava profundamente agradecido pelo milagre da sua cura. Quantas vezes estamos doentes e recebemos o apoio de nossa família, mas nem sempre agradecemos pelo dom que temos de viver nela. A nossa família pode ter problemas, mas é com ela tudo se resolve.
Porém, como o leproso samaritano, do qual fala o evangelho de hoje, precisamos também agradecer pela fé. É o maior tesouro que possamos ter na terra. Ela é fortalecida pela Eucaristia que todos os dias podemos receber, como presente da presença de Deus na nossa história.