Evangelho do dia: A Igreja não é uma república parlamentar

26/09/2012 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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O evangelho de hoje, de Lucas 9,1-6, diz que Jesus “chamou os Doze e deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curarem doenças. E enviou-os a pregar o reino de Deus e a curar”.

Essa é a missão dos doze apóstolos, conforme Jesus estabeleceu há dois mil anos. Após a morte e ressurreição de Jesus, sob o impulso do Espírito Santo, os Doze se puseram a trabalhar. Então, depois de algum tempo, eles fizeram sucessores, que por sua vez passaram a outros o seu poder e seu dever de preservar e proclamar a fé.

Os sucessores dos Apóstolos, chefiados pelo sucessor de Pedro, continuam hoje a missão de evangelizar o mundo e formam a hierarquia da Igreja. Mas os poderes e deveres permaneceram os mesmos. É bom sempre lembrar essas verdades elementares, porque a opinião geral – e muitas vezes a nossa – atribui aos pastores da Igreja outras tarefas que parecem mais úteis ou mais urgentes.

É incontestável que alguns desvios estão agora muito em voga. A opinião pública, a famosa opinião da maioria é expressa nas pesquisas ou nas enquetes e tende a considerar seus resultados como “verdade”.

Mas se a verdade raramente é o resultado de opiniões da maioria nas questões rotineiras, também nunca será em matéria de religião ou fé. A Igreja de Cristo não é uma república parlamentar. Suas leis não resultam do consentimento de seus membros, mas da vontade de Deus e dos ensinamentos de seu Filho, que se encontram nos Evangelhos.

Os bispos, sucessores dos apóstolos, receberam esse ensinamento com a dupla função de mantê-la pura e de proclamá-la, a qualquer preço.

Muitos são os que pagaram com suas vidas pela sua fidelidade. No exercício do seu ministério, padres e bispos merecem a nossa estima e o nosso respeito. Somos solidários com eles na proclamação e no anúncio da palavra de Deus e todos nós somos chamados a realizar esse trabalho, cada um de acordo com o seu carisma.

A mesma diferença de carismas mostra que não devemos ser opostos, mas complementares nesse trabalho. A cooperação é a nossa força, a divisão será a nossa ruína. O nosso lema deve ser: “a união faz a força”. Portanto, vamos colocar toda a nossa força a serviço do reino.

Mas é que realmente sempre assim?