23/12/2009 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Quando éramos crianças, bastava a nossa mãe gritar pelo nosso nome que, mesmo estando no meio de tantos outros garotos ou garotas, nós dizíamos: “minha mãe está me chamando”. Nós reconhecíamos a sua voz, não a confundíamos com a de nenhuma outra pessoa. Era como se alguma coisa nos conectasse com ela, de tal forma que o vínculo não se rompia.
Em nossa vida, o nome é algo importante, porque nos identifica, nos faz membros de uma família, fala da nossa cultura, exprime o tipo de sociedade ao qual nós pertencemos.
Na Bíblia, geralmente o nome estava ligado aos antepassados, mas também trazia em si a missão que a pessoa devia realizar.
Quando Lucas no evangelho de hoje (1,57-66), fala da escolha do nome de João Batista, tudo está repleto de alegria, até que alguém pergunte qual será o seu nome. Alguns queriam que fosse Zacarias ou que ele tivesse o nome de algum dos seus antepassados. Isabel, pelo contrário, sabedora do desejo do anjo que anunciou o nascimento do seu filho, na velhice, não hesitou em dizer que seu nome seria João. Diante dos protestos, os amigos decidem perguntar a Zacarias qual seria o nome do menino. Zacarias, como estava ainda mudo, pediu que lhe trouxessem algo para escrever. Escreveu na tábua que lhe foi entregue: “seu nome será João”.
Segundo Lucas, naquele momento, o próprio Zacarias recuperou a fala e o povo ficou espantado com o que presenciara. A pergunta que ficou foi essa: “o que será desse menino?”. E Lucas conclui: “A mão do Senhor estava com ele”.
Se tivéssemos que resumir o significado de todo esse trecho do evangelho de hoje, poderíamos simplesmente dizer que a admiração do povo diante da atitude de Isabel e da recuperação da fala do pai de João significava que o povo percebeu que por trás de todos aqueles acontecimentos estava algo mais profundo do que a mente humana possa imaginar. É por isso que Lucas diz que a mão de Deus estava com João.
Depois que completou o tempo de começar o seu ministério, João apareceu perto do Rio Jordão batizando o povo e pedindo que os seus conterrâneos aplainassem o caminho para a vinda do Senhor. Ao seu nome foi acrescentado o sobrenome Batista, que quer dizer batizador. Então, seu nome, que significa “Deus é Bondoso” se completou com o outro nome que significa a suma missão.
Hoje em dia, quando nasce uma criança, queremos colocar nela o nome de um artista famoso ou mesmo um nome diferente. Está em voga, no entanto, o costume de colocar nomes de apóstolos como Tiago, Lucas, Mateus, entre outros, e também nomes de anjos como Gabriel e Rafael. O importante não é simplesmente achar o nome bonito. O que verdadeiramente importa é fazer com o nome escolhido defina realmente a personalidade que vai ser construída em cada ser humano que nasce. Quem deve realmente se identificar com o nome é a pessoa e não aqueles que dão os nomes. Mas o mais importante ainda é que tenhamos presente que Deus deve fazer parte da nossa vida e da missão que acompanha o nosso nome, como aconteceu com João Batista.
Aliás, sobre João Batista é importante lembrar que sua missão foi preparar o caminho para o Senhor. Quanto a nós, como João, também devemos conduzir a humanidade para Deus. Nós faremos isso com o anúncio da palavra e, sobretudo, com a força da coerência da nossa vida, para que, quando o Senhor se manifestar, todos nós estejamos prontos para reconhecer a sua presença.
Em nossa preparação para o Natal, prestemos atenção às grandes anunciações que preparam os grandes nascimentos. Antes do de Jesus, o de João Batista. Os desígnios de Deus vão sendo manifestados nos sucessivos acontecimentos de salvação. Prestar atenção a esses acontecimentos do passado é entender como, hoje ainda, essa salvação continua oferecida aos que a acolhem. A liturgia não celebra a história, mas os mistérios de Deus presentes e revelados na história dos homens, hoje como no passado.
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