Evangelho do dia: A misericórdia nos torna parecidos com Deus

01/03/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

Tempos atrás, um casal que fazia transporte escolar na cidade de São Paulo foi acusado de abusar sexualmente das crianças que transportavam. O fato ganhou notoriedade porque as câmeras de televisão e os jornais impressos deram muito destaque ao fato. Os acusados tiveram a sua vida devassada pela justiça e nada ficou sem ser investigado. Dia após o outro surgiam novos fatos e apareciam famílias na televisão para falar sobre o quanto a sua vida tinha mudado depois daqueles acontecimentos fatídicos.

De repente, veio o silêncio. Algum tempo depois, descobriu-se que os acusados eram inocentes. O Ministério Público não mais se pronunciou sobre o assunto; a polícia limpou a própria barra dizendo que tinha apenas cumprido com os próprios deveres; e as famílias desapareceram do horário nobre da televisão. Infelizmente, o casal que ganhava a vida transportando crianças já tinha entrado em desgraça. O Ministério Público deu como encerrado o caso trocando os nomes dos acusados para que pudessem iniciar uma vida nova.

É fácil julgar e é fácil condenar. Difícil mesmo é quantificar os danos causados a pessoas inocentes. Jesus, no evangelho de hoje, de Lucas 6,36-38, fala aos seus discípulos: “Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai e vos será dado. Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante será colocada no vosso colo; porque com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

Jesus nos ensina que as nossas relações devem ser marcadas pela misericórdia. A misericórdia, em sentido bíblico, é um amor profundo, cujo símbolo mais contundente é o amor de uma mãe pelo seu filho, como nos diz o Livro do Profeta Isaías (49,15): “Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!”. Quando nos convida a ser misericordiosos, Jesus quer nos ensinar a misericórdia deve ser o mais puro reflexo de Deus na vida do ser humano.

Uma coisa leva à outra. A misericórdia leva o ser humano dar um basta no mal existente no mundo. Por exemplo, o oitavo Mandamento da Lei de Deus diz o seguinte: “Não levantar falso testemunho”. Esse Mandamento é explicado por Jesus da maneira como vimos no evangelho de hoje: não podemos julgar ou condenar, mas perdoar sem medida, pois “com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”.

Em última análise, o discípulo de Jesus hoje deve saber sobre aquilo que é essencial: aquele que age com misericórdia se torna parecido com Deus. Na verdade, o mundo seria um lugar melhor se as pessoas levassem a sério esse princípio. No entanto, quando assistimos ao show que os meios de comunicação dão diante de um fato muitas vezes não comprovado; ou mesmo quando, a partir de uma notícia infundada e não damos um basta às falsas acusações, é o próprio coração de Deus que sai ferido.

Se o Ministério Público brasileiro foi capaz de, no fim, dar a oportunidade de aquele casal de que falamos no início recomeçar a própria vida em outro lugar e com outros nomes, muito mais Deus está sempre nos ensinando como dar uma oportunidade às pessoas que erram. Se entendermos bem o sentido a palavra misericórdia, veremos que ela é o que há de mais divino em Deus e também é o que pode existir de mais completo no ser humano.

Aprendamos, hoje, de Jesus a ser misericordiosos!

Notícias




10/07/2025 - 10:31 - Cultura

Museu é uma opção cultural para as férias de julho

Atendimento vai de terça a sábado; durante todo o mês de julho todos pagam meia entrada