Evangelho do dia: A música do cristão não pode ser marcada pelo relativismo

07/02/2012 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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O ser humano é feito das experiências que teve no passado e daquelas que experimenta no hoje de sua vida como preparação para o futuro.

O evangelho de hoje, tirado de Marcos 7,1-13, é um evangelho exemplar para homens e mulheres de todos os tempos.

Em todos os povos existem sempre algumas pessoas que têm o prazer de transformar a lei mais simples num grande emaranhado de normas. Prova disso é a própria Constituição Brasileira de 1988. Foram tantas as propostas de emendas constitucionais que o original praticamente já não existe.

Também entre os conterrâneos de Jesus houve algumas pessoas que se especializaram na arte de interpretar os mandamentos da Lei de Deus. Fizeram tantas emendas que chegaram ao cúmulo de ter 613 outros mandamentos, além de uma série de normas e prescrições. Diante desse fato, o cristão é chamado a olhar o evangelho e observar a lei, que é Cristo.

No evangelho de hoje, os discípulos de Jesus são recriminados por não seguirem as normas de higiene antes das refeições. Então, Jesus procura fazê-los voltar à razão, lembrando-lhes alguns mandamentos simples que os acusadores deixam de seguir, como, por exemplo, o respeito aos pais, que eles substituem pelas ofertas feitas no templo.

Jesus os recrimina porque, assim, eles transformam os mandamentos de Deus em simples conceitos humanos e criam tradições para esvaziar a Palavra de Deus.

Também nós precisamos analisar a nossa vida para saber o quanto as regras e normas que Jesus nos deixou não criam em conflito com as nossas as intenções. E mais: diante das decisões importantes que dizem respeito somente a nós, precisamos agir com realismo.

No mundo dos negócios, não tão desenvolvido na época de Jesus como hoje, parece não existir mais espaço para os princípios evangélicos, ao menos se quisermos aplicá-los ao pé da letra. No mundo familiar, em especial no que diz respeito ao divórcio, podemos agir da mesma maneira.

Como podemos manter puras as nossas mãos e os nossos corações? Não podemos nos tornar intérpretes das regras de Deus em benefício próprio.

O que Jesus nos pede é que o refrão da nossa música jamais seja marcado pelo relativismo.

A nossa maneira de agir deve ser sempre coerente, de tal forma que a nossa obediência à vontade de Deus seja simples e o mais espontânea possível, mesmo quando isso possa parecer uma loucura.

Porque, sem essa loucura, a nossa terra corre o risco de tornar a vida impossível tanto para os loucos quanto para aqueles que são normais.