Evangelho do dia: A nossa sorte está lançada!

27/07/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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O evangelho de hoje, de Mateus 13,26-43, apresenta à comunidade a explicação de Jesus pedida pelos discípulos da parábola do trigo e do joio. Jesus mostra a importância de cada um dos personagens existentes na parábola. Ele é o que semeia, o campo é o mundo, a boa semente são os escolhidos do Reino e o joio é semeado pelo maligno. E Jesus conclui dizendo: “quem tem ouvidos, ouça!”.
De qualquer forma, podemos dizer, a partir da parábola, que o bem e o mal não delimitam territórios rigidamente definidos. Não dividem e não opõem as pessoas entre si. A linha que define o limite do mal não passa através dos indivíduos ou grupos, mas dentro do coração do homem. Por isso, ninguém pode ficar totalmente aquém ou alem dessa linha. Ficar somente olhando e denunciar o mal que está fora de nós significa não ver o pecado que cria raízes dentro de nós.
Há uma maneira diferente de olhar o campo. Tudo depende do olho com o qual se observa determinada realidade. Há quem veja exclusivamente a sujeira, a corrupção, a violência, a maldade e a falsidade. Mas há quem, sem ignorar esses produtos, consegue perceber também o bem, a pureza, a honestidade e a coerência.
Dir-se-ia que certas pessoas sejam especialistas em colher a obra do Satanás e fiquem incapacitadas de descobrir a ação de Deus no mundo. O homem não tem o direito de antecipar o juízo final. Isso diz respeito somente a Deus. A data para o juízo final é aquela estabelecida por Ele, e não pelos nossos calendários antecipados.
Isso porque o homem não possui a medida apropriada para julgar os próprios semelhantes. Deus é muito cioso dessa medida, e não faz concessão a ninguém. Nenhum de nós, portanto, deve roubar aquilo que pertence a Deus. Cabe a nós agir com compreensão, respeito, paciência e longanimidade.
Temos o olhar infalível. Eis o bom grão e eis a cizânia, os bons e os maus. Há os que são nossos e os que são outros. Os próximos e os distantes, aqueles nos quais podemos confiar e os que devem ser deixados de lado. Nós, os fiéis, os praticantes, a parte sã, e os pouco bons, os indisciplinados.
Bastaria que Deus nos desse um sinal e nos precipitaríamos numa limpeza do campo, para colocar tudo em ordem. Ainda bem que Deus não dá o sinal e nós temos que morder o freio, a calar a nossa impaciência.
O que Jesus quer nos dizer hoje é que precisamos fazer uma escolha. A nossa sorte está lançada. Cabe ao discípulo agir com inteligência e prudência. Infelizmente, nem todos são capazes de acolher a nova mensagem, incluindo alguns que a rechaçam, por isso o discípulo muitas vezes tem que conviver com esta realidade adversa e se manter fiel. O caminho das nossas escolhas está ditado pela Palavra de Deus. Por ela, descobrimos que os justos é que herdarão o Reino de Deus, e não aqueles que queremos enviar para lá!