02/06/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pe. Pedro Pereira Borges
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Às vezes, nós ouvimos falar da Idade Média como a “idade das trevas”, o século XX foi definido por Erick Hobsbawn como “a era dos extremos”. Até parece que uma aura de obscurantismo paira sobre a história.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, alguns países são definidos como descristianizados e chega-se a afirmar que nos encontramos já numa civilização pós-cristã.
Em outras partes do mundo, como no Brasil, ainda se vive uma onda de otimismo, porque algumas manifestações religiosas parecem comprovar que está acontecendo um mover do Espírito, ou seja, um renascimento dos valores espirituais e uma profusão de milagres. Assim, nós passamos a acreditar que estamos vivendo um momento de retorno da fé.
O que se diz da história das nações também se pode dizer da história pessoal de cada um de nós. Nós passamos por momentos de entusiasmo, ou seja, por momentos nos quais sentimos clara a presença de Deus, mas temos também os momentos de trevas, ou seja, por momentos nos quais parece que ouvimos o silêncio de Deus.
No entanto, Deus sempre esteve presente em todos os momentos da história, e está presente em nossas vidas, agora e sempre. No evangelho de hoje, de João 16,16-20, Ele afirma que estará sempre conosco: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria”.
Esta afirmação tem pelo menos duas vias de interpretação. Jesus fala por primeiro da tribulação, da lamentação, das dificuldades que o cristão irá encontrar na sua caminhada de fé. Enquanto estivermos vivendo isso, o mundo estará se alegrando.
Logo em seguida, Jesus diz que haverá um momento em que daremos a volta por cima. Em vez de tristeza, nós experimentaremos a alegria.
Porém, Jesus nos ensina a viver tanto os momentos de tribulação como os momentos de vitória na presença de Deus. Na verdade, Deus jamais se afasta daqueles que se sentiram atraídos por Ele por causa da palavra de Jesus.
O Espírito Santo desceu sobre a comunidade dos crentes e continua habitando nela. Por isso, nos momentos tenebrosos da vida, nos momentos de dificuldade e de tristeza, nos momentos de derrota e de perda dos valores cristãos, não devemos questionar Deus ou perguntar, como fizeram os discípulos, se por acaso Jesus os abandonaria.
É o momento de colocar a fé em ação, de reencontrar a alegria na segurança de que o Espírito Santo nos assiste sempre, de prestar maior atenção no Consolador que mora dentro de nós. Ele nos iluminará para que saibamos reconhecer as obras maravilhosas que Deus realiza e que não somos capazes de enxergar somente com as nossas forças.
É o momento também de invocar com insistência o Espírito Santo, para nos faça conhecer toda a verdade e mudar a nossa tristeza em alegria.
Façamos isto hoje para que possamos experimentar sempre a presença de Deus.
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