Evangelho do dia: A orientação para o cristão

16/07/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Hoje, celebramos a festa de Nossa Senhora do Carmo. Celebrar Maria é celebrar a participação do ser humano no mistério da salvação.

O evangelho de hoje é tirado de Mateus 12,46-50. Jesus estava ocupado e vieram avisar-lhe que sua família queria falar com Ele. Jesus disse: “Todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

É interessante notar como Jesus não despreza a família, mas faz com que todos pensem em constituir uma família universal, cuja vida gira em torno do cumprimento da vontade do Pai. Fazer a vontade do Pai é viver na retidão, é transformar o próximo em irmão, independentemente dos laços familiares baseados no DNA.

É por Jesus não desprezar a família que nós também somos convidados a refletir um pouco sobre ela. No último dia 13 de agosto foi promulgada pelo Congresso Nacional a nova Lei do Divórcio, através da aprovação de uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional), de autoria de dois deputados petistas, Antonio Carlos Biscaia, do Rio de Janeiro, e Sérgio Barradas Carneiro, da Bahia. Pela PEC, ficou alterada a Lei do Divórcio de 1977, segundo a qual eram precisos dois anos de separação de fato e um ano de separação judicial para que o casal requeresse o divórcio. A partir de agora, o casal pode solicitar o divórcio no dia seguinte à separação.

Os deputados usaram os dados do IBGE para aprovar a lei. Segundo esse Instituto de Pesquisa, há, hoje no Brasil, pelo menos 153 mil pessoas que irão se beneficiar dos efeitos da nova Lei do Divórcio.

Certa vez perguntaram a Jesus se era permitido a um homem dar a certidão de divórcio à própria esposa. Jesus mandou que eles consultassem as Escrituras. E falou-lhes que Moisés havia permitido o divórcio por causa da dureza de coração do povo, mas que, no princípio, Deus fez o homem e a mulher para serem um e ninguém deve separar o que Deus uniu. É essa a orientação que o cristão deve seguir.

O que mudou desde Jesus aos nossos dias? O ser humano é o mesmo, cercado de tecnologia, opções sexuais e procura viver com intensidade uma liberdade sem valores. As juras de amor eterno e a possibilidade de o casal viver feliz para sempre já estão ficando ultrapassadas. Já há até o consenso de que não existe o eterno. A eternidade tem a durabilidade dos nossos sentimentos. Portanto, logo acaba.

Somos convidados hoje a refletir sobre o valor da família e também sobre a necessidade de construir uma família universal, na qual todos somos irmãos e irmãs que lutam para construir um mundo melhor, baseado no cumprimento da vontade de Deus. Que pelo menos esse desejo nos ajude a encontrar o caminho para tornar o amor em motor de uma sociedade que respeite a família como um bem que serve para ela mesma.

Procure hoje e sempre fazer a vontade o Pai, para ser irmão e irmã de Jesus, assim como o fez Maria, a quem nós invocamos com o título de Nossa Senhor do Carmo. Dessa forma, estaremos ajudando Deus a salvar também a humanidade.