30/08/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. Com estas palavras, Lucas (4,16-30) apresenta Jesus para o mundo, numa das suas visitas a Nazaré.
Lucas fala de Jesus como o enviado, o Messias, aquele sobre o qual está o Espírito de Deus, aquele que vem para libertar o homem. Jesus não é mais somente o filho de José. Não é mais somente um médico ou um consolador quaisquer. Ele é o Messias que Deus havia prometido e os profetas haviam anunciado. Com Jesus, a salvação chegou e entrou no mundo de maneira definitiva.
Quando Deus se revela, a vida do homem assume uma nova dimensão. Cabe também ao homem assumir o mesmo projeto de Jesus para si. O acolhimento de Jesus como consagrado pelo Espírito Santo faz com que o ser humano que tome parte nessa mesma consagração. A revelação de Jesus como Messias e Salvador é a revelação do homem que encontra a sua justificação no Espírito Santo.
O homem que acolhe a Palavra, que acredita, torna-se, em Cristo, aquilo que Ele é. É assim que ainda hoje podem-se cumprir todas as passagens da Palavra de Deus que ouvimos todos os dias em nossas comunidades. Essa Palavra pode cumprir-se, hoje, se os discípulos do século XXI acreditarem que Jesus de Nazaré é o enviado de Deus para nós.
O evangelho fala que Jesus leu uma passagem da Escritura, isto é, proclamou a Palavra. A palavra transforma aquele que a lê e torna-o a sua imagem. Essa atitude desconecta aquele que lê a Palavra dos vínculos de parentesco, para torná-lo membro da família de Deus que escuta o que Deus está sempre dizendo ao homem de todos os tempos.
A passagem da palavra humana para a Palavra de Deus gera também uma ruptura nas nossas relações do dia a dia: “Não é este o filho de José?”. A liberdade suscitada pela Palavra lida e aplicada se torna também sinal de contradição não somente para Jesus na sinagoga de Nazaré, mas também para quem, seguindo-o, procura viver a Palavra na própria história.
O drama da leitura viva e encarnada da Palavra de Deus aparece, mormente, quando essa Palavra passa a ditar os comportamentos que devemos ter em relação à verdade e à justiça, a paz e a liberdade que devem existir em nossa sociedade. É quando nós marcamos o mundo com a mesma unção que o Espírito de Deus ungiu Jesus de Nazaré. Essa unção leva-nos a dizer que a família é uma instituição sagrada, que a vida é o sacrário da presença de Deus, que o amor não perdeu a sua essência, que a paz é fruto da justiça e que este mundo pode ser transformado pelo poder salvador de Deus.
Que o Espírito do Senhor nos unja, assim como ungiu Jesus para anunciar um tempo da graça para o mundo de hoje!
Apresentações continuam nesta terça e quarta-feira no auditório do bloco A