13/12/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
No evangelho de hoje, de Mateus 21,28-32, Jesus conta a parábola de dois filhos, cujo pai pediu que fosse trabalhar na vinha. O primeiro disse que não ia, mas acabou indo. O segundo disse que ia, mas acabou não indo. Esse último fez a vontade do seu pai.
Então, ele concluiu, dizendo para alguns sacerdotes e anciãos do povo: “em verdade eu vos digo, muitas prostitutas e cobradores de impostos vos precederão no Reino dos céus, porque acreditaram na palavra do Filho do homem e vós não!”.
Ao ouvir esta parábola, talvez nós estejamos diante de um retrato mui parecido com o nosso.
Na nossa vida, nem tudo acontece como nós prometemos. Tem esposo ou esposa que promete fidelidade ao cônjuge por toda a vida, mas na primeira oportunidade comete adultério.
Tem gente que nada promete e, no entanto, na hora do vamos ver é o único a pôr a mão na massa.
Na verdade, todos temos um pouco dos dois filhos deste evangelho.
Analisando superficialmente os dois, nós podemos dizer que o primeiro não parece muito preocupado com o futuro da família. É como se o pai devesse fazer tudo, porque ele não pediu para nascer.
Fora de casa, é o cara legal, gente boa, daquele tipo que todos queriam ter como irmão. Infelizmente, isso é o que todos veem. Em casa, no entanto, parece não se comprometer com nada.
Mas naquele dia, ele sentiu a necessidade de ser legal em casa e assumir também a responsabilidade pelos negócios da família. Relutou, mas venceu a si mesmo e foi trabalhar.
Quanto ao segundo filho, poderíamos dizer que é o tipo voltado para a família. Dificilmente sai de casa. Aparentemente, procura mostrar para todos que é responsável, que vai assumir o controle dos bens da família, ainda mais que o outro irmão parece andar na companhia de pessoas indesejadas.
Ao relatar esse episódio, Jesus está querendo mostrar a diferença entre os seus discípulos e alguns líderes de Israel.
A vinha é o espaço da ação de Deus. O pequeno grupo dos líderes de Israel que entrou em confronto com Jesus sabia de antemão que devia assumir a missão de ser luz para as nações. Quando Deus pediu provas da sua fidelidade, eles não foram capazes obedecer.
O outro filho não nega a tradição em si. Nega uma tradição vivida apenas na aparência. Por isso, assume a responsabilidade de levar adiante a empresa do seu pai. Para ajudá-lo, chama os seus amigos: as prostitutas, os cobradores de impostos, ou seja, todos aqueles que são mal vistos pela sociedade, oferecendo-lhes a possibilidade de transformar a própria vida.
O resultado foi simples: enquanto a empresa foi dividida entre os filhos, aquele que mais ousou foi capaz de expandir o negócio da família, oferecendo novos produtos para o consumo espiritual. Logo seus produtos se espalharam pelo mundo inteiro, e todos aqueles que os consumiram passaram a experimentar algo revolucionário, que mudou as suas vidas.
Os produtos mais partilhados nas filiais desse grupo sempre em expansão são a Palavra de Deus e a Eucaristia. A Palavra de Deus não pode ser consumida se não trouxer como fim a Eucaristia. É por elas que todos os homens podem conquistar o dom mais precioso que o filho obediente pode oferecer: a salvação. A salvação, vista assim, na nossa preparação para o Natal, não é prêmio, mas dom!
Apresentações continuam nesta terça e quarta-feira no auditório do bloco A