10/12/2009 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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De vez em quando, aparecem algumas pessoas em nossas vidas que chamam a nossa atenção não pela beleza, pelo modo de se vestir ou por conta dos lugares que frequentam. Suas palavras é que produzem um barulho intenso diante do nosso silêncio interior. São palavras que questionam, que fazem pensar.
Também foi assim na época de Jesus. Segundo a Bíblia, de repente Deus parece que ficou em silêncio. Durante trezentos anos não enviou profetas para falar de seus planos ao seu povo. Aqui e ali surgiam algumas revoltas contra os invasores, como aconteceu com a família de Matatias, que lutou contra o domínio dos gregos nas terras de Israel.
Por fim, chegaram os romanos. Os líderes políticos de Israel se uniram a eles, de tal forma que o povo também se deixou dominar. Logicamente, os romanos não interferiram na sua liberdade religiosa, mas impuseram alguns fardos ao povo, com impostos altíssimos. Qualquer revolta era reprimida com a ponta da espada.
De repente, quando as coisas estavam se acomodando, apareceu no deserto, perto da região do Rio Jordão, um homem chamado João. Ele se tornou como que um divisor de águas entre o mundo antigo de Israel e a nova realidade que haveria de surgir com a presença de Jesus.
A aparição de João Batista tinha como finalidade preparar o povo de Israel para acolher o Reino de Deus, na presença do Messias. Com João, Israel percebeu que Deus não fica em silêncio diante da situação daqueles que ama, mas está sempre atento às suas necessidades. De fato, durante o tempo do silêncio de Deus, nada se perdeu da palavra de Deus proclamada nos tempos passados; em cada época ela ressoa de novo, para que, em cada tempo, os homens possam ouvi-la. Dessa vez, Deus se serviu de João para anunciar a vinda do Senhor.
João Batista desde o início teve sua vida ligada à vida de Jesus. Era filho de Zacarias e Isabel, a quem Maria foi visitar logo que recebeu o anúncio do anjo Gabriel.
Quando completou o seu tempo, João Batista passou a viver uma vida simples, no deserto. Quem o via podia pensar que estava diante de um louco. Ele não se vestia como os homens da cidade e também não se alimentava de maneira normal. O evangelho diz que ele se vestia com pele de camelo e comia gafanhotos e mel. Sua pregação, no entanto, foi contundente, incisiva e provocadora. Na preparação para a vida pública de Jesus, ele pregava uma mudança total de vida na sociedade de Israel.
No evangelho de hoje, de Mateus 11,11-15, Jesus dá também um testemunho contundente sobre seu primo, João Batista: “Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. Com efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça”.
Por que João Batista é o maior de todos os profetas? Porque sua profecia foi a da proximidade do Reino e também por causa de sua humildade em relação a Jesus. Ele mesmo dizia que não era digno sequer de desamarrar-lhe as sandálias. No momento apropriado, ele soube se retirar de cena para dar lugar ao Filho de Deus. Ele preparou o povo para viver com Jesus a realização de todas as promessas e profecias do Antigo Testamento.
O Tempo do Advento é tempo de celebrar a presença de Jesus. Os cristãos também precisam se dar conta das obrigações que assumiram no dia do seu batismo. Todos nos tornamos sacerdotes, profetas e reis, e fomos ungidos para isso. Precisamos aparecer na vida das pessoas com aquela palavra que realmente diz respeito à presença do Senhor em nós. Deus não vai se calar enquanto nós falarmos por Ele. E o advento é um tempo para falar em nome de Deus contra toda injustiça e opressão que assolam o nosso mundo.
A mensagem de João Batista, para nós, neste dia é esta: a salvação precisa ser anunciada com toda a força, deve estar ao alcance principalmente daqueles que a procuram e aceitam prontos para tudo. Os desafios e as ofertas de Jesus são claros. Mas, para aceitá-los e viver, é preciso ter decisão e coragem. Deixar tudo na medida do necessário para lhe ser fiel. Um pouco de deserto e conversão podem nos ajudar muito.
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