Evangelho do dia: A tensão para Deus

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Jesus iniciou a sua pregação com uma mensagem muito simples, mas essencial: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo: convertei-vos e crede no evangelho!” (Mc 1,15). Esse tempo que se completa é o tempo da realização das promessas antigas com a sua vinda entre nós; trata-se do advento do Reino, já próximo de estabelecer-se definitivamente no mundo, falava da fé e convidava a todos a se converterem.

Hoje, celebramos justamente uma grande conversão, a conversão de Paulo de Tarso. De perseguidor de Jesus, iluminado pela graça no caminho de Damasco, Paulo se torna o apóstolo das gentes. Ele conta a sua conversão de maneira comovente e cheia de gratidão porque marcou para sempre a sua vida e foi capaz de envolver, depois dele, uma fileira inumerável de pessoas que, como ele, com experiências de vida, antes distante de Deus e, às vezes, como inimigos declarados d’Ele, e que depois reencontraram o caminho de volta.

Na perspectiva de Paulo, a conversão é uma renúncia aos erros do passado, uma inversão de rota em relação aos percursos do mal, um sincero arrependimento pelos erros cometidos e o consequente apaixonamento por um bem novo, verdadeiro, autêntico. Envolve o homem em toda a sua existência, mas é sempre fruto da graça divina. É Deus quem age.

Frequentemente, o Senhor, depois do chamado, solicita um empenho em vista de uma missão especial. É isso o que vemos no evangelho de hoje, de Marcos 16,15-18. Também Paulo, como os outros apóstolos, ouvirá o imperioso o mandato de ir a todo o mundo para anunciar o evangelho a todas as criaturas. Ele se tornará, juntamente com Pedro, a coluna sustentadora do edifício da Igreja. Coroará a sua missão, depois de cansaços e perseguições de todo tipo, com a palma do martírio. Como fiéis em Cristo e convertidos do paganismo, temos um dever de gratidão a esse apóstolo: ele, por primeiro, nos anunciou a verdadeira fé, e com os seus escritos tornou perene o seu anúncio. A conversão, enquanto constante e inesgotável tensão para Deus, é dever de todo cristão e é um empenho ao qual jamais devemos abrir mão. A nossa conversão é sempre a semente de novos cristãos!

Fonte: La Chiesa