18/01/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Segundo o dicionário Houaiss, a alegria é um estado de viva satisfação, de vivo contentamento, regozijo, júbilo e prazer. São Paulo convidava os cristãos de Filipos a se alegrarem sempre no Senhor. Nos evangelhos encontramos muitos momentos de exultação e alegria. Os pastores ficaram alegres com o nascimento de Jesus. Isabel exultou de alegria ao receber a visita de Maria. No entanto, Jesus quer nos oferecer algo maior. Ele anuncia os planos de Deus em relação a si mesmo e aos seres humanos que acolhem a sua palavra dizendo: “eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa”.
O comportamento dos discípulos, como hoje Marcos 2,18-22 descreve, dá azo a uma polêmica dos escribas contra Jesus. Ao contrário dos grupos religiosos do seu tempo, incluindo o de João Batista, os discípulos de Jesus não praticavam o jejum. Por quê? Porque Jesus tinha introduzido no mundo o tempo alegres das núpcias entre Deus, o esposo, e o seu povo, a esposa. Não fazia sentido reiterar um sinal que indicava luto. Além disso, não havia que precipitar os acontecimentos: tempos viriam em que a adesão dos discípulos a Jesus havia de lhes custar momentos difíceis em que, para fazer penitência, não seria preciso estabelecer o jejum.
Nem sempre é fácil para os seres humanos entender a boa nova de Jesus. Aqueles que desejarem entender o que Jesus quer nos oferecer têm que se deixar formar por Ele, que é Mestre e Pastor, o Filho de Deus encarnado.
Os profetas haviam anunciado a vinda de Jesus ao mundo. Isaías até havia proposto um momento paradisíaco no qual a criança brincaria com a cobra, o lobo pastaria junto com o cordeiro e assim por diante.
Os discípulos começavam a fazer essa experiência, quando Jesus se viu questionado. Para não deixar sombras de dúvidas sobre a sua pessoa, Ele deu uma resposta que relembrava a aliança entre Deus e a humanidade. Deus era o esposo, e o povo a esposa. Ele, ao vir ao mundo, começava a dar-se a conhecer à sua amada. Os discípulos já estavam vivendo isso, por isso não podiam ficar tristes, mas se alegrar. Eles somente deveriam ficar tristes quando Ele, o noivo, fosse retirado do seu meio, por ocasião de sua morte. Somente a partir daí é que podiam jejuar. Por ora, na sua presença deviam, sim, alegrar-se.
Como você pode captar a novidade trazida pelo evangelho que Jesus anunciava? Fazendo uma experiência simples: colocando vinho novo em um barril velho. A fermentação do vinho destruirá o barril; ou remendando um pedaço de pano novo num pano velho. Na primeira lavada, se o novo encolhe, estragará todo o pano velho.
Quem não consegue tolerar as novidades trazidas por Jesus não está preparado para entender a sua mensagem. A experiência com Jesus deve nos levar a arrebentar os nossos preconceitos e a rasgar os panos velhos que não nos deixam assumir o seu projeto de salvação.
Este evangelho é um convite também aos casais a recuperar a alegria perdida nos seus matrimônios. Aqueles que perderam o amor primeiro, devem buscar em Jesus as possibilidades de voltarem à alegria que perderam. Não se trata de oferecer uma flor à esposa ou aquele jantar que há muito o marido não come. A alegria nasce do amor que renova toda e qualquer relação, assim como os discípulos perceberam em Jesus.
O melhor lugar para buscar esse recomeço é na Eucaristia. Ali nós fazemos a oferta de nós mesmos e da nossa vida, com as suas alegrias, dificuldades, tentações, desejos e esperanças. É este o sacrifício que agrada ao Senhor: o sacrifício da transformação da nossa vida, que o próprio Espírito de Jesus realiza em nós, se formos dóceis à sua ação. Através da eucaristia nós nos unimos a Jesus e recebemos dele a alegria de que necessitamos para prosseguir na nossa caminhada rumo ao reino definitivo. O cristão passa por este mundo fazendo o bem, e nisso reside a sua alegria.
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Evento será realizado no auditório do bloco M