Evangelho do dia: Após o contrato, vem o período probatório dos discípulos de Jesus

08/02/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

Com seus trabalhadores contratados, Jesus passa para a fase seguinte. Os discípulos devem viver ainda um período probatório, para serem admitidos em definitivo na sua empresa. De fato, nem todos os discípulos estão preparados para segui-lo até o fim. Nem todos vestiram realmente a camisa discípulo. Alguns deles serão provados na sua fé e pelo menos um não resistirá à tentação do dinheiro e trairá o Mestre.

De qualquer forma, eles passarão pela experiência de ver que o mundo se parece com um hospital a céu aberto, enquanto estão com Jesus. Diversas são as doenças. Entre elas estão a epilepsia, a febre, a lepra e a paralisia. Jesus não abriu uma seção de atendimento especial no seu hospital. Ao contrário, deixava que todos viessem até Ele, porque, pela fé, podiam ser curados.

O evangelho de hoje, de Marcos 6,53-56, fala das consequencias do anúncio da Boa Nova feita pelos discípulos quando foram enviados em grupos de dois pelas cidades para falar e agir em nome de Jesus. Onde quer que fossem, a multidão reconhecia os discípulos e, consequentemente, o próprio Jesus.

Marcos fala hoje que Jesus e os discípulos atravessaram o mar da Galileia e chegaram à cidade de Genesaré. Ao descerem da barca, as pessoas reconheceram Jesus. Na sua excursão pela região, as pessoas, vindo de todos os lugares, tanto das cidades quanto do campo, levavam-lhe seus doentes para que fossem curados. O povo tinha tanta fé que bastava tocar na barra da veste de Jesus para que ficassem curados.

Jesus não era um curandeiro, conforme os dicionários de hoje definem. Por exemplo, o Dicionário Houaiss define curandeiro como aquele que procura tratar e curar doentes sem habilitação médica oficial, e geralmente mediante práticas de feitiçaria, beberagens etc. Na verdade, o poder do curandeiro não vem dele mesmo, mas de outrem. Por isso, quando se utiliza da estratégia da reza – ato de benzer – invoca o seu Deus. Jesus, ao contrário, age com um poder que vem dele mesmo. Por isso, é capaz de curar de todo tipo de mal.

Os discípulos fizeram experiência desse poder de Jesus a ponto de nos transmitir fielmente o que seus olhos viram e seus ouvidos ouviram do Mestre. Eles perceberam que, com Jesus, era possível construir uma terra sem males e sem dor. E Jesus lhes prometeu que, se perseverassem, poderia fazer coisas maiores do que Ele, porque estaria com eles até a consumação dos séculos.

Nós já passamos pelo período probatório da nossa fé. Após anos e anos de catequese, de participação na vida da Igreja, de estudo da Palavra de Deus e de recepção da Eucaristia, já temos a certeza de que o Espírito do Senhor está sobre nós. Precisamos, no entanto, mostrar ao mundo o poder curador de Jesus, para que todos creiam que Ele é Deus que se encarna para viver a nossa história e nos ajudar a construir a civilização do amor, aqui e agora.