Evangelho do dia: As obras que os cristãos realizam dependem da fé que eles vivem

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Hoje, celebramos dois importantes santos da Igreja. Cirilo e Metódio, dois irmãos que nasceram em Tessalônica e foram enviados para evangelizar os povos eslavos, hoje Rússia, Bulgária, Ucrânia, Bielorússia, etc, pelo Patriarca de Constantinopla.

Eles realizaram não somente a missão de evangelizar, mas também contribuíram para a formação dos povos daquela região, inclusive traduzindo a Bíblia para a língua eslava e celebrando a liturgia nessa língua.

Lançaram, assim, as bases para uma verdadeira cultura cristã e popular. Cirilo morreu em Roma, e Metódio, que se tornou bispo, continuou a sua missão em meio a não poucas dificuldades.

Para a celebração do dia de hoje, a Igreja propõe o evangelho de Marcos 8,14-21. Marcos descreve uma situação que aconteceu com os discípulos logo após a multiplicação dos pães. Na barca, onde se encontravam com Jesus, eles perceberam que o pão não era suficiente para todos, e começaram a discutir sobre isso.

Então, Jesus chamou a atenção deles para que não se deixassem tomar pelo fermento de alguns fariseus e de Herodes.

Os poucos fariseus que perseguem Jesus são aqueles que se recusam a acreditar que ele é o enviado de Deus. Herodes espalha o seu fermento porque, mesmo ouvindo João Batista, continua no adultério, e ainda acha isso normal.

Jesus quer que com os discípulos seja diferente. Eles devem perceber que não precisam ficar discutindo sobre se têm ou não pão suficiente para todos. Eles devem elevar a sua fé não só para ver, mas também para compreender o milagre da multiplicação dos pães que há poucos dias havia realizado.

Jesus, neste evangelho, mostra para os discípulos que a fé não depende das obras, pois do contrário seria uma fé que dependeria deles mesmos, seria determinada por eles.

Se assim for, a nossa fé deixa simplesmente de ser fé. Ao mesmo tempo, Jesus mostra que as obras é que dependem da fé.

Ter uma autêntica e verdadeira fé implica uma fé ativa e dinâmica; não uma fé condicionada e que só fica-se no externo, nas aparências, na teoria e não na pratica. A nossa deve ser uma fé real. Temos que ver o mundo com os olhos de Deus e não com os olhos do homem pecador: “Ainda não entendeis, nem compreendeis? Vosso coração continua incapaz de entender?” (Mc 8,17).