Evangelho do dia: As ovelhas e os lobos

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Lucas já havia falado sobre a escolha dos doze e sobre a presença de algumas mulheres que seguiam Jesus e o encontro com tantos homens e mulheres se tornam seus discípulos.
No evangelho de hoje, Lucas (10,1-12) apresenta a escolha de setenta e dois discípulos para enviá-los em missão às aldeias nas quais chegaria depois. A eles, repete, com algumas diferenças, aquilo que já havia dito aos doze.
Os operários chamados a trabalhar na sua vinha, no seu campo, são muitos, mas parece não são jamais suficientes para as necessidades.
O texto nos mostra uma certa urgência: diante do anúncio de Jesus, diante da messe – o povo preparado para escutar a sua Palavra –, diante do juízo final e diante do reino que se aproxima é preciso encontrar operários dispostos a semear a Palavra, a preparar o caminho para Jesus. Operários que ponham essa missão evangelizadora no centro da sua vida. Portanto, não são somente os doze que devem anunciar o evangelho, mas todos aqueles que foram escolhidos por Jesus através do batismo.
Nem tudo, no entanto, será fácil. Haverá quem acolhe e quem recusa, quem compreende e quem se fecha, mas isso não deve incomodar o discípulo.
Jesus não garante uma vida simples ao discípulo. Ele é mandado como ovelha entre os lobos. O discípulo tem como força a Palavra que anuncia, seu elo com o Mestre.
O que vier a acontecer, o discípulo sabe que o Reino, isto é, o senhorio de Deus sobre o mundo está próximo e é a plenitude de todas as expectativas do homem.
Proclamar o Reino requer também colaboração: os poucos operários são convidados a rezar para que o Senhor envie outros colaboradores para anunciar o evangelho.
Mas antes ainda que a quantidade, a realidade basilar, fundante e eficaz do Reino é a qualidade. Todo operário da messe age segundo a maneira adequada às exigências de Deus e do Reino. Mas o mais importante é que a missão, ainda hoje, coloca em ato o juízo de Deus na nossa história.