Evangelho do dia: As promessas de Deus continuam se cumprindo nos cristãos

21/12/2009 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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A história da humanidade está cheia de eventos especiais que marcam as épocas. Por exemplo, a Revolução Francesa marcou em definitivo a entrada naquela que chamamos de a Idade Contemporânea. A partir da independência dos Estados Unidos, as colônias espanholas da América também começaram a sua luta pela liberdade. Um acontecimento fatídico para Portugal marcou em definitivo a história da independência do Brasil, com a vinda da Família Real Portuguesa, que veio morar no Rio de Janeiro.

Há 20 anos, caía o Muro de Berlin, que também marcou o fim de uma era em que parecíamos todos ter a vida por um fio. A qualquer momento, uma guerra nuclear poderia eclodir entre americanos e soviéticos. Ao invés da guerra, o mundo assistiu a um grande movimento de liberdade nas antigas repúblicas que ficaram durante mais de 70 anos sob o domínio daquela que ficou conhecida como a “cortina de ferro”.

Muito antes disso, houve um acontecimento que foi o verdadeiro divisor da história. Antes dele, Deus escolheu um povo para ser luz para todas as nações. Amou o seu povo, educou-o através dos mandamentos e dos profetas, mas seus filhos nem sempre foram fieis ao pacto que um dia assumiram com Ele.

Na plenitude dos tempos, diz São Paulo, Deus enviou “seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei, para resgatar os que eram sujeitos à Lei, e todos recebermos a dignidade de filhos. E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá, Pai!” (Gl 4.4-6).

O evangelho de hoje, fala de como Deus deu início a esse processo, escolhendo uma mulher simples, de Nazaré, para ajudá-lo no seu plano de salvação da humanidade. Segundo Lucas 1,39-45, após enviar o anjo Gabriel para anunciar o nascimento de Jesus, ela foi ajudar a sua prima, Isabel. O encontro entre essas duas mulheres, uma idosa e outra jovem, foi marcado pela presença do Espírito Santo. Maria levava consigo o Filho de Deus; Isabel trazia em seu ventre João Batista, aquele que haveria de preparar o caminho para Jesus.

O encontro foi descrito por Lucas de maneira plástica, mas com poucas palavras. Isabel sentiu seu filho exultar em seu ventre quando viu Maria. Ela reconheceu que Maria estava grávida também, mas sua gravidez não era comum. Na sua simplicidade, disse: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!”. Essas palavras, juntas com as do anjo Gabriel fazem parte da Ave Maria que os cristãos rezam sempre. E Isabel concluiu a recepção a Maria da seguinte forma: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.

O nascimento de Jesus foi cercado por outros tantos acontecimentos miraculosos. Uma mulher, Isabel, como a esposa de Abraão, deu à luz já em idade avançada. Uma jovem, Maria, concebeu sem coabitar com o seu marido, José. Ambas, porém, puderam compreender-se, porque descobriram que Deus sempre cumpre com as suas promessas, mas, para que isso aconteça, Ele precisa de ajuda tanto dos homens quanto das mulheres. E Maria não teve dificuldade em dizer sim ao projeto de Deus para com a humanidade.

A poucos dias do Natal, nós nos preparamos para celebrar o grande acontecimento que mudou a face da terra. O nascimento de Jesus fez com que o divino se encontrasse com o humano e o humano se encontrasse com o divino. Por isso, o Natal é um divisor de águas na história da humanidade.

A Revolução Francesa foi feita ceifando a vida de muita gente, a queda do Muro de Berlin também não se deu sem a morte de centenas de pessoas que ansiavam por liberdade. A revolução cristã nasceu como uma criança, e não precisou de nenhum ato de violência para transformar a humanidade. Deus mostrou aos homens que o caminho para mudar a história é o amor e não as armas; é o perdão e não o ódio; é a justiça e não a tirania.

Para isso, Ele usou de pessoas simples, porque somente os simples, aqueles que aceitam o poder do Alto é que podem ajudá-lo a construir uma nova humanidade.
Hoje, são os cristãos que devem dar continuidade a esse processo de salvação do ser humano e de construção de um mundo transformado pelo amor, pela solidariedade e pela justiça. Estamos numa encruzilhada da história, na qual Deus quer continuar o seu projeto de salvação para todos, mas com a nossa ajuda. Deixemos, neste Natal, que Jesus nasça em nossos corações. É a partir daí que poderemos mudar o mundo, como o fizeram Maria e Isabel. As promessas de Deus ainda continuam se cumprindo em nós.

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