Evangelho do dia: Conhecer a Deus não só de ouvir falar

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

O evangelho sobre o qual a Igreja reflete hoje é tirado de Marcos 12,18-27.

Ouvindo a pergunta feita por alguns saduceus, nós percebemos também quais são os nossos falsos julgamentos sobre a vida de Deus e sobre o que vem depois da morte. Geralmente, quando meditamos sobre isso, somos abandonados a nós mesmos e criamos um misto de crença e superstição.

Os nossos saduceus modernos se encontram entre os católicos, nas seitas, e são também os videntes e os adivinhos. Eles nos apresentam um problema de modo que a única solução possível é a que aparece na sua proposta, ou seja, aquela que eles querem que nós aceitemos.

Assim, é fácil fazer um discurso com estas palavras: “se Deus é justo e os maus não são punidos nesta vida, é claro que deverão voltar para expiar seus pecados com uma nova vida. É aqui que temos a legitimidade da crença na reencarnação”, ou: “somente 144 mil se salvarão”; ou, ainda: “vocês não são de Deus porque não guardam o dia de sábado”. Outros ainda podem falar que os católicos são idólatras por venerarem os santos e prestar um culto especial à Mãe de Deus.

A aceitação deste e de outros argumentos parecidos mostra que nos limitamos à exterioridade e que nossa preocupação de abrir o nosso coração e o nosso espírito a Deus não existe. Deus não virá morar em nosso coração.

É essa abertura para Deus no mundo dos vivos e não ao dos mortos que o evangelho de hoje nos convida. Deus dos vivos? A vida de Deus é amor, luz, verdade. Deus não é o Deus abstrato dos filósofos, mas o Deus pessoal de Abraão, de Isaac, de Jacó e de Jesus. Deus é Pai e nos chama à vida, porque nós somos mortos-vivos por causa dos nossos pecados.

E a sua justiça? Quem sou eu para julgá-la? Concluamos com as palavras de Jó: “Quem é esse que obscurece o meu Projeto sem nada entender? — Pois eu falei, sem nada entender, de maravilhas que ultrapassam meu conhecimento. ‘Escuta-me’, eu disse, ‘e vou falar, vou perguntar-te e tu responderás! ’. Eu te conhecia só por ouvir dizer, mas, agora, vejo-te com meus próprios olhos. Por isso, acuso-me a mim mesmo e me arrependo, no pó e na cinza”.

(Fonte: La Chiesa)