Evangelho do dia: Coragem, eu venci o mundo!

06/06/2011 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Quem pode estar seguro da própria fé? Esta é uma pergunta que nós podemos nos fazer todos os dias. Porém, só Deus pode dizer com certeza se a nossa fé é verdadeira ou não.

Se eu disser que tenho fé, mas digo que o outro é idólatra, que está em pecado só porque pertence a uma igreja diferente da minha ou a um credo diferente do meu, estou fazendo um julgamento que somente Deus pode fazer. Jesus criticou os judeus por não acreditarem n’Ele, mas jamais perdeu o seu vínculo com a cultura judaica. Se tivesse rejeitado a sua fé do seu povo, não teria festejado a Páscoa ou cumprido com todos os rituais prescritos pela Lei mosaica. A nossa fé não pode se perder no meio dos nossos julgamentos.

O evangelho deste segundo dia de oração pela unidade dos cristãos é tirado de João 16,29-33. João procura relatar um momento de lucidez dos discípulos diante das palavras de Jesus. Eles disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”.

Mas Jesus percebe que a fé que eles estão demonstrando repousa apenas na emoção daquele momento. Portanto, não se apoia n’Ele: “Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só”.

A fé que não tem seu fundamento em Deus logo perde o seu vigor. Dessa forma, o homem passa a duvidar e não se sente mais capaz de relação com o seu criador e redentor, não sente mais o fascínio de uma companhia guiada e vai se afastando do caminho.

Jesus fala da prova pela qual os discípulos deverão passar. Trata-se da prova da cruz, a partir da qual todos se dispersarão e Ele ficará sozinho, abandonado nas mãos dos homens e nas mãos do seu Pai.

Desde sempre, Jesus é Deus e habita na Trindade. O Pai está sempre com Ele e, no grito do abandono sobre a cruz, quando a distância entre o Pai e o Filho vai de um extremo ao outro, o Espírito dá um testemunho forte da comunhão que existe entre os dois. Assim, a solidão do crucifixo revela também a verdadeira face de Deus: misericórdia.

É por causa dessa misericórdia que a nossa fé não discrimina, mas entende o outro; não julga, mas perdoa. Assim, diante das dificuldades, sozinhos nós ficamos aterrorizados, unidos nós encontramos a paz.

Jesus só tem uma palavra para nos dizer, hoje: “No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!”.