13/08/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
Hoje, somos convidados a rezar para que haja fidelidade em nossas famílias. A fidelidade é sinônima de dedicação para com aqueles com os quais assumimos algum vínculo afetivo de qualquer natureza. Por isso, exige constância, sinceridade, retidão, responsabilidade.Se o discurso sobre o perdão proferido ontem por Jesus já é um convite a fortalecer a nossa fé e a vivê-la de maneira coerente, não menos exigente se mostra o chamado à fidelidade que traz o evangelho de hoje, de Mateus 19,3-12. Nele, há uma disputa entre Jesus e um grupo de homens zelosos do seu tempo. Como guardiões rigorosos da Lei, eles sabiam que Moisés havia assinado uma norma que dava permissão a um homem repudiar a sua esposa. Diferentemente deles, Jesus mostra que o ser humano está acima de qualquer lei, especialmente daquelas que destroem aquilo que foi criado por Deus, como o matrimônio.Não é fácil transpor o pensamento de Jesus para os dias de hoje. O único jeito de fazê-lo é ler o texto não como se Jesus estivesse falando para gente do passado, mas que fale da nossa história, deixando-nos envolver por ela. E hoje somos nós aqueles que devem zelar para que a família seja preservada conforme o desejo de Deus.
O mundo da comunicação nestes dias está voltado para o possível apedrejamento ou enforcamento de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada por adultério e também por suposta participação no assassinato do seu ex-esposo, no Irã. Como reagir diante de algo que a civilização ocidental considera como um crime bárbaro perpetrado por um país cujas leis parecem, para muitos, remontar a idade das trevas? Podemos simplesmente tratar o caso como sinônimo de atraso cultural, mas existem tantos casos, nos países que se orgulham de ser cristãos, que trazem mais clamor público do que imaginamos, mas nós preferimos acreditar que já ultrapassamos os limites do barbarismo cultural e acreditar que gozamos da liberdade de decidir sobre a vida e sobre a família como melhor nos agradar. Deixemos que o evangelho nos fale. O que Jesus nos pede é uma mudança de coração. Será essa mudança, que se pode traduzir na nossa cultura diária, que fará com que o zelo pela Lei de Deus se transforme em dom, amor, fidelidade, responsabilidade e perdão. Quem se mantém no fundamentalismo da dureza do coração, não está preparado sequer para acolher o dom de Deus. Quando isso acontece o matrimônio se torna uma arma letal do egoísmo, em vez de ser um dom do amor. As manifestações do matrimônio, de dom que são, tornam-se sempre mais um jogo de direito e dever a ser avaliado e pesado de acordo com a moda, que tomou o lugar de Deus.
Porém, nem todos estão preparados para entender isso. Mas nós devemos estar, porque Deus nos reserva algo simplesmente grande como discípulos de Jesus. Ele quer nos revelar os seus segredos para que busquemos a pureza de servi-Lo em qualquer estado de vida: casado, celibatário ou virgem, aguardando o momento próprio de demonstrar o amor ao mundo em nome de Deus, como namorados ou noivos. É conosco, que queremos viver da graça de Deus, que Deus irá devolver a santidade à família e a paz ao mundo! “Quem tem ouvidos, ouça!”.
Apresentações continuam nesta terça e quarta-feira no auditório do bloco A