Evangelho do dia: Deus não fica indiferente diante da situação do necessitado

04/03/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Duas cenas chamaram-me a atenção algum tempo atrás no Boletim Salesiano italiano. O chargista retratava a situação de opulência da Europa e a situação de miséria da África. Do lado africano, um menino andava com um prato na mão pedindo comida. Enquanto chorava de fome, as lágrimas passavam pelo nariz catarrento e iam cair sobre sua barriga estufada por causa de tanto barro que havia comido. Do lado europeu, um menino, limpinho, estava sentado à mesa, numa casa de classe média. Seu prato estava cheio de diversas iguarias. Mas ele não queria comer, porque não era aquilo que ele queria.

Quem soube passar para o papel essas duas cenas parece ter lido com muita fé o evangelho de hoje, tirado de Lucas 16,19-31. Na verdade, Lucas está contando a parábola do rico Epulão e do pobre Lázaro. Epulão é um homem com posses que tem como prazer oferecer lautos banquetes para os seus amigos. Lázaro é um pobre mendigo que fica à porta de Epulão para ver se consegue catar alguma sobra que cai embaixo da mesa. Lázaro está cheio de feridas e os cachorros é que lhe dão um pouco de alívio.

Um dia, o rico e o pobre morrem. Após acordarem do sono da morte, Lázaro se vê nos braços de Deus, enquanto Epulão se vê atormentado pelas chamas do inferno, com sede. Ao perceber a desgraça que cavou para si, olhando para o alto vê Lázaro recebendo a recompensa. Pede a Deus que mande Lázaro molhar o dedo com a água para que possa aliviar sua sede. Abraão lhe diz que um abismo os separa. Pede a Abraão para mandar alguém para avisar a seus irmãos para que mudem de vida. Abraão diz que eles têm Moisés e os profetas. Que os escutem. O rico insistiu: “”Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”’.

A fome hoje ataca pelo menos 1 bilhão de pessoas no mundo. Existem as causas naturais que provocam a fome, tais como o clima, a seca, as inundações, os terremotos, as pragas de insetos e as enfermidades das plantas. Ao lado das causas naturais existem outras que são chamadas de causas humanas, tais como a falta de eficácia na administração dos recursos naturais, a deficiente planificação agrícola e a utilização da diplomacia dos alimentos para melhorar as relações entre os países.

Todas essas causas e muitas outras não são por si capazes de explicar um fenômeno que separa as pessoas em categorias privilegiadas ou não. Trata-se do estado de espírito provocado pela falta do senso da caridade, do amor ao próximo e do respeito pela vida. Os que têm, têm dificuldade de partilhar, e os que não têm, devem amargar a dor da fome até a morte.

O evangelho de hoje nos ensina que Deus não fica indiferente diante da situação do necessitado. Ele o coloca na nossa porta para saber até que ponto fomos tocados pela sua presença naquele que tem fome, sede, está nu ou doente. Quem entende o termo Reino dos céus sabe o que deve fazer: acolher Deus em cada irmão que sofre. Caso contrário, chegará o dia em que haverá uma inversão de papéis: quem tem não conseguirá nada e quem nada tem conseguirá tudo. Vejam o caso de Epulão e Lázaro.

Está em nossas mãos abrir os caminhos para o céu! A comida que você não quer comer hoje pode sustentar alguém que nada teve para comer. Será que ainda presenciamos esse tipo de cena que privilegia o consumo e o desperdício enquanto muitos nada têm?

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