Evangelho do dia: Deus nunca faz silêncio

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Muitas vezes, fala-se de séculos negros – no sentido de noite escura mesmo – da história. Hoje, já se afirma também que alguns países estão descristianizados e em outros que já se vive uma era pós-cristã.

Em alguns lugares, ao contrário, deixando-se guiar por um otimismo maior, fala-se de sinais de renascimento dos valores espirituais e do retorno à fé.

O que realmente se fala da história das nações, pode-se dizer também da história pessoal de cada um. Existem momentos de entusiasmo, momentos nos quais se sente aos poucos a presença de Deus e momentos nos quais se lamenta o silêncio de Deus.

No evangelho de hoje, João (16,16-20) afirma que em pouco tempo os discípulos não verão mais Jesus, porque o mistério da cruz está próximo, e com ele, a morte e a separação.

Também afirma que mais um pouco de tempo e eles o verão de novo, ou seja, todos os que acreditam farão a experiência do Ressuscitado, viverão sempre na sua presença, de modo que a tristeza da separação dará aos que têm fé lugar a uma alegria que jamais poderá ser tirada.

Porém, por causa dos que não acreditam e por causa também dos nossos pecados, deveremos passar por diversas tribulações. Porém, por piores que sejam, elas não podem vencer quem crê verdadeiramente.

Este evangelho nos leva a questionar: onde está Deus? Como podemos encontrar Jesus ao longo da nossa história?

Ao contrário do que muitos possam imaginar, Deus esteve e está presente em cada momento da história e está presente em cada instante de nossa vida.

Jesus nos assegurou que ficaria sempre conosco. O Espírito Paráclito desceu sobre a comunidade dos crentes e mora nela.

Por isso, nos momentos mais obscuros da nossa viagem sobre a terra, nos momentos de dificuldade e tristeza, nos momentos em que os valores cristãos parecerem mais combatidos, o importante não é questionar Deus ou perguntar, como fizeram os discípulos, se por acaso Jesus iria abandoná-los.

É o momento, ao contrário, de pôr em prática a fé, de reencontrar a alegria na certeza de que o Paráclito nos assiste sempre, de estar sempre mais atentos ao Consolador que mora em nós.

Ele nos iluminará para que saibamos reconhecer as obras maravilhosas que Deus realiza e que, somente com as nossas forças não somos capazes de ver.

Hoje, vivemos, portanto, o momento de invocar com insistência o Espírito Santo, a fim de que faça renascer toda a verdade e nos traga a alegria.

(Fonte; La Chiesa)