17/08/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Na parábola que conta hoje, tirada de Mateus 20,1-16a, Jesus mostra claramente que o critério que orienta a ação de Deus e que deve caracterizar a vida do cristão ultrapassa os limites da simples justiça.
A parábola em questão é a do patrão que sai em diversas horas do dia para contratar operários para a sua vinha. No final, paga o mesmo para os operários que trabalharam apenas uma hora, no fim do dia.
Um antigo conto hebraico diz que a parte direita de Deus é aquela com a qual o criador manda a sua graça, a esquerda é aquela com qual administra a justiça. Não sendo o homem capaz de suportar nem a graça infinita de Deus nem tampouco a sua justiça infinita, Deus criou o homem com um pouco da graça e da justiça e foi assim que surgiu a beleza.
Este conto é a melhor explicação para a parábola de hoje. Deus ama o ser humano, como o homem ama os seus mais próximos. Diante dessas pessoas ninguém de nós mensura a própria ação em vista de qualquer recompensa. Ninguém age com justiça em relação aos filhos, mas com amor, um amor que passa sobre qualquer norma, passa sobre a mensuração do dado e do recebido, que vê os defeitos, mas busca as qualidades, que acolhe suficientemente as ofensas procurando encontrar as motivações e a possibilidade de desculpar.
Deus nos diz que recompensará até aquele pouco bem que tivermos feito na nossa vida e também aquilo que os nossos irmãos tiverem feito, talvez mais tarde ou pior do que nós. Mas nos diz também que se nós não soubermos medir com a mesma medida, é porque nos tornamos invejosos e mais. A parábola de hoje pede que nós aprendamos a medir melhor as nossas ações para agirmos como quem distribui mais a graça do que a justiça.
Espírito de bondade misericordiosa, que minha vida seja pautada pelo modo divino de agir, porque manifesta sua preferência por quem é vítima da marginalização.
Ruth Pavan e José Licínio Backes apresentam pesquisas financiadas pelo CNPq