Evangelho do dia: Domingo: dia da misericórdia, do amor e do perdão

15/07/2011 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Hoje em dia, com a facilidade proporcionada pelos modernos os meios de transporte e as oportunidades de divertimento que foram criadas ao redor das cidades, os domingos e os feriados se tornaram um atrativo para se fazer uma viagem ou sair da rotina enfadonha do trabalho e mesmo das atividades costumeiras.

Aqui falamos de domingo porque o domingo é o dia do Senhor, por definição. Encontramos algumas denominações religiosas fiéis ao espírito do Velho ou Primeiro Testamento que continuam a guardar o sábado como o faziam os judeus. Os cristãos guardam o domingo porque foi num dia de domingo que o Senhor ressuscitou. Assim, passamos a guardar não o último dia da semana, mas o primeiro, como o fazem os cristãos desde os primeiros séculos da nossa era.

Apenas para recordar, foi no primeiro dia da semana que as mulheres foram ao túmulo e se deram conta de que Jesus havia ressuscitado (cf. Mt 28,1; Mc 16,12; Lc 24,1 e Jo 20,1).

Foi no primeiro dia da semana que, segundo João, Jesus se encontrou com os discípulos assustados, reunidos no cenáculo (cf. Jo 20,19).

O testemunho apostólico dá conta que os primeiros cristãos se reunião no dia de domingo para ouvir o ensinamento dos apóstolos, rezarem, como os católicos falam, ou orarem, como dizem os evangélicos, e para a fração do pão (cf. At 20,7 e I Cor 16,2).

A Didaquê, a instrução dada pelos apóstolos aos primeiros cristãos, diz assim: “Reúna-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer após ter confessado seus pecados, para que o sacrifício seja puro” (cf. Capítulo XIV).

Portanto, quem segue o Novo ou o Segundo Testamento faz memória, isto é, guarda o dia do Senhor, ou seja, o primeiro dia da semana.

No entanto, o cristão sempre deve olhar para o que Jesus ensina. Se o domingo, ou o primeiro dia da semana, não for usado para defender a vida, para amar mais, para estar em comunhão com os irmãos de acordo com o ensinamento dos apóstolos, nós estaremos agindo como agiram alguns conterrâneos de Jesus: dando mais valor às regras do que ao que o próprio Deus estabeleceu.

É sobre isso que fala o evangelho de hoje, de Mateus 12,1-8. No tempo de Jesus, o sábado era reservado ao repouso, para lembrar a Israel dois grandes acontecimentos: a criação e a Páscoa.

O sábado era para judeu um dia rico de significado que lembrava ao homem que ele não foi feito somente para o trabalho, para produzir.

No entanto, tudo o que é confiado ao ser humano pode se tornar a oportunidade para serem criadas estruturas rígidas marcadas mais pelos apelos humanos e menos pelo desejo de Deus.

Esse foi o risco que o sábado correu. Jesus foi chamado a responder por que seus discípulos colhiam trigo em dia de sábado.

Se existia o mandamento a respeito do sábado, também existiam exceções históricas que autorizavam Jesus a contestar a rigidez a respeito desse dia. É por isso que Jesus lembrou aos seus conterrâneos que Davi havia comido no templo pães que eram destinados aos sacerdotes (cf. I Sm 21) e que os sacerdotes trabalhavam no dia de sábado sem que cometessem pecados. E apresentou-se como alguém que é maior do que o templo.

Na verdade, as palavras de Jesus são uma maneira de exigir uma escolha, para convidar os seus interlocutores a fazer uma opção: reconhecê-Lo ou não como Senhor do sábado. Convidou-os mais a não acolher somente as regras que pode se tornar álibi para tantos desmandos ou tornar árida a experiência de fé, tirando do povo a possibilidade de ter uma relação vital com Deus.

Ao falar que é Senhor do sábado, Jesus também estava propondo uma nova regra de ação para os seus seguidores. É para Ele que todas as nossas atenções devem estar voltadas e não mais para o Templo ou para as regras que dali são emanadas. A relativização do sábado, levou, portanto, a colocar no centro da atenção do seus seguidores a sua pessoa.

E o que devemos praticar no dia do Senhor? O final do evangelho já diz tudo: “quero a misericórdia e não o sacrifício”. Nós devemos, portanto, estar atentos para que no dia do Senhor o nosso coração tenha sentimentos de compaixão, perdão, misericórdia e acolhida dos irmãos, principalmente daqueles que têm que trabalhar para poder se alimentar, como estavam fazendo os discípulos naquele momento.

É com esses sentimentos que ainda hoje podemos nos reunir como cristãos para nos lembrar de que a nossa fé tem sua origem em Jesus, passa pela experiência dos apóstolos, e, no fim, nos faz ser um só coração e uma só alma, numa comunhão de vida que começa com a oração, mas que tem o seu ápice no verdadeiro encontro com o Senhor, vivo e ressuscitado.

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