Evangelho do dia: É o amor quem determina quem é o cristão

29/10/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB

Desde pequenos, pais e professores tentaram nos ensinar a viver: como sentar-nos à mesa, como saudar as pessoas e respeitar os mais velhos, como nos apresentar a quem não conhecemos. Quem sabe e pratica essas coisas passa por uma pessoa bem educada. Isso torna mais fácil a nossa vida e a dos outros.
A prática religiosa também tem seus rituais: oração e recolhimento, sacrifícios e resposta do homem aos mandamentos celestes que, nas diversas civilizações, têm formas bem definidas. Ninguém colocará em dúvida um culto dado a Deus nem desprezará as boas ações que nos aproximam de Deus. Todavia, agir ritualisticamente, seguindo certas regras sem saber o seu sentido não é garantia de que somos ou não bons cristãos.
No evangelho de hoje, de Lucas 14,1-6, nos ensina que há coisas que devemos fazer se quisermos ser cumpridores do evangelho. Jesus até apresenta uma questão que pode muito bem ser aplicada aos dias de hoje: “A Lei permite curar em dia de sábado, ou não?”. E Ele fez essa pergunta porque havia curado um homem do acúmulo anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo ou no tecido celular. Essa doença, também conhecida como edema, tem um nome: hidropisia. O que estava em jogo era se era possível ou não curar uma pessoa no dia que devia ser dedicado ao Senhor, segundo a Lei.
Nós vivemos num mundo diferente. Muitos seguem os valores do evangelho e muitos nem querem saber deles. No entanto, precisamos estar atentos para que o ser cristãos não seja algo somente de fachada. Na verdade, o Deus de Jesus espera de nós mais do que atitudes piedosas ou o seguimento de normas que não levam a nada. Ele tampouco quer de nós exterioridades. O que Ele deseja é que tenhamos vínculos que permitam que Ele conquiste o coração do homem. Isso nós o faremos fazendo a vontade Deus em Jesus (cf. Hb 10,5-7).
Assim, o discípulo não pode interpretar as prescrições e as devoções diferentemente da maneira como Jesus faz. Se de fato O seguimos, devemos atenuar os nossos ritualismos, pois, para Ele, é o amor que determina o que nós somos.
Muitos eram extremamente piedosos na época de Jesus: faziam jejum e davam esmolas. Jesus os criticava pela mesquinhez com que queriam contagiar as suas boas ações diante de Deus, simbolizada na sua pretensão de ser perfeitos sem que a perfeição que buscavam fosse reflexo da perfeição divina. Eles faziam isso de boa vontade, mas lhes faltava o amor. Portanto, falta-lhes tudo, porque Deus é amor.
Analisemos a nossa vida, mas deixemos espaço para que Deus possa nos converter e levar à perfeição que ajuda o próximo nas suas necessidades como Jesus fez hoje curando na sinagoga.