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As opiniões da multidão sobre a verdadeira identidade de Jesus são muito diferentes. É o que relata o evangelho de hoje, de Lucas 9,18-22. Assim como Herodes, alguns acreditam que Jesus é João Batista que ressuscitou, outros que é Elias ou algum dos antigos profetas. Depois de haver ouvido essas opiniões, Jesus se volta diretamente para os discípulos: “mas e vós, quem dizeis que eu sou?”. A resposta de Pedro é pronta e segura: “O Cristo de Deus”.
Podemos supor que a condição mesma de Pedro lhe oferecia muitas possibilidades de responder logo e sem qualquer hesitação. Como todos os nossos contemporâneos, nem sempre temos um comportamento tão seguro, uma convicção tão absoluta. As dúvidas sempre nos envolvem. Por outro lado, é preciso dizê-lo, na maior parte dos casos os nossos contemporâneos não têm convicção alguma a esse respeito. Perdem-se na loucura dos “ismos” sempre na moda. No entanto, a pergunta a respeito de quem seja Jesus é sempre colocada e ainda tem muita importância. O nosso mundo certamente não está preparado para dar uma resposta clara e exaustiva. E essa incapacidade vem de longe. Por quê?
A filosofia ensinada nas nossas academias, de diversos matizes, tem grande culpa na maior parte dos casos. Seu ensinamento nos oferece apenas instrumentos aptos para pesquisar, e seus dados se revelam quase ineficazes se aplicados à pergunta de Jesus. A filosofia nos ensina a fazer perguntas infinitas, até acabar por pôr tudo em dúvida, inclusive os valores mais antigos que também pareciam imutáveis. Chega-se ao ponto de nos fazer tantas perguntas que se esquece a razão que as gerou e o que se está perguntando.
O ensinamento dos mestres de hoje semeia a dúvida nos nossos corações a ponto de esquecermos a verdade. Limitando o nosso olhar na terra e nos seus limites, descuidamo-nos do sobrenatural, chegando, aliás, a negá-lo. Desumanizamos e, pior, desespiritualizamos a vida humana. O homem de hoje tem a sensação de estar condenado a não poder satisfazer o seu desejo de verdade.
É preciso voltar à fonte, interrogar de novo o evangelho e a tradição da Igreja que contêm o depósito da fé. As perguntas e as dúvidas não devem fazer que fiquemos com medo. Devemos saber buscar a verdade onde ela foi revelada. Não corramos atrás de falsos profetas que se autoproclamam como tais: somente as palavras de Vida podem dar-nos as verdadeiras respostas. Voltemos a Jesus e ao seu Evangelho.