29/03/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Certo dia, estava numa cerimônia de enterro e a filha mais velha do falecido dizia que tinha pedido a Deus que seu pai não morresse, mas Deus não a tinha ouvido. Andava de um lado para o outro do cemitério, sem saber o que fazer. O desespero era tanto que os familiares tiveram que chamar um médico para aplicar-lhe um calmante.
Não é fácil enfrentar a morte e seus efeitos sobre as pessoas. A família de Lázaro teve o privilégio de vê-lo voltar à vida, bem como as pessoas que acorreram até Betânia para ver Jesus. É isso o que nos conta o evangelho de hoje, de João 12,1-11. Ali, enquanto Jesus comia, Maria ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os cabelos, de tal forma que a casa ficou cheia do perfume do bálsamo.
Quem não gostou disso foi Judas Iscariotes que achou a atitude de Maria um desperdício. Para ele, seria melhor ela ter vendido o perfume para dar aos pobres. A preocupação de Judas era outra. Ele era o administrador do grupo dos discípulos e se aproveitava de alguns trocados para as suas necessidades especiais. O projeto dele era deste mundo e não o de Jesus.
Jesus, ao contrário de Judas, viu na atitude de Maria uma preparação para a sua morte: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia da minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. Por causa do milagre da ressurreição de Lázaro, muitos passaram para o lado de Jesus, enquanto que os judeus procuravam matá-lo justamente por conta das pessoas que acreditavam nele.
Para nós que estamos caminhando para a Páscoa, este evangelho traz para nós a grande lição que São Paulo entendeu com muita lucidez: com Jesus não existe a vitória da morte, porque Ele ressuscitou. O cristão entende, então, a morte já não mais como um fim, mas como o começo de uma nova maneira de viver junto de Deus.
São João também quer nos dar antecipadamente a informação de que Jesus também passaria pela morte. Como homem, Ele deveria passar desta vida para outra de qualquer maneira. O mais importante é que, apesar de não ter onde reclinar a cabeça, os amigos lhe arrumariam um lugar para passar os três dias de repouso na região da morte. Maria quis oferecer para todos uma antecipação daquilo que aconteceria com Jesus após a sua ressurreição: o perfume da morte não teria domínio sobre Ele. O aroma da ressurreição tomaria conta do mundo.
Foi essa mensagem que chamou atenção daqueles que procuraram por Jesus na casa de Lázaro. Eles entenderam que Jesus tinha muito mais do que os judeus para lhes oferecer. Sua proposta passava de uma solução do agora – que apenas respondia por que Deus podia tirar uma pessoa que amamos de perto de nós mediante a morte – para uma solução definitiva: a ressurreição.
Será que nós vemos isso em Jesus ou somente enxergamos o nosso umbigo a ponto de não procurarmos o que realmente é definitivo para nós? Busquemos a resposta vivenciando estes dias repletos de espiritualidade da Semana Santa.
Evento será realizado em sala de aula no bloco A
Inscrições podem ser feitas na internet, basta acessar ucdb.br/possaude