30/11/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Hoje, celebramos a festa do apóstolo André, irmão de Pedro e amigo de Tiago e João. O evangelho desta festa, de Mateus 4,18-22, nos conta como André ouviu a Palavra que Deus lhe dirigiu: “Segui-me e farei de vós pescadores de homens”. Ele, como os outros discípulos, logo deixou as redes e seguiu Jesus. Foi essa resposta imediata que permitiu aos apóstolos difundir a palavra, a “boa notícia” da salvação. A fé vem da escuta e aquilo que se ouve é a Palavra de Cristo que, ainda hoje, a Igreja anuncia até os confins da terra.
Somos, então, convidados a ouvir a Palavra, a acolhê-la no coração. Ela é um remédio salutar. É uma palavra exigente, e é esta a razão pela qual facilmente queremos fechar os ouvidos a Deus que nos fala: compreendemos que a escuta terá consequências. Devemos pensar que a Palavra de Deus é de fato um remédio, que se alguma vez nos faz sofrer é para o nosso bem, para nos preparar para receber os dons do Senhor.
Mas a palavra não é somente um remédio, é um alimento, o alimento indispensável para a alma. Os profetas anunciaram que Deus irá colocar no mundo uma fome, não fome de pão, mas de ouvir a sua palavra. É dessa fome que temos necessidade, porque nos faz continuamente buscar e acolher a palavra de Deus, sabendo que ela nos deve nutrir por toda a vida. Nada na vida pode ter consistência, nada pode verdadeiramente nos satisfazer se não for nutrido, penetrado, iluminado, guiado pela palavra do Senhor.
Ao mesmo tempo, a Palavra de Deus é uma exigência. Jesus fala dela como uma semente que deve crescer e se difundir por todos os lados. Dessa palavra é que vem a fecundidade de todo apostolado. Se falarmos apenas palavras humanas, não podemos nos considerar apóstolos, mas se acolhermos em nós a Palavra de Deus, ela nos levará a proclamá-la, a difundi-la por todo canto, para pôr os homens em comunicação com Deus.
São João nos diz que não é fácil ouvir a palavra de Deus, pois ela não é obra humana. Jesus critica os fariseus por não serem capazes de ouvir a sua palavra, porque não são de Deus: “Quem quer que tenha ouvido o Pai e aprendido dele, vem a mim” (Jo 6,45). Para ouvir a palavra de Deus é preciso que nos tornemos intimamente dóceis ao Pai.
Enfim, essa Palavra nos traz felicidade, porque é meio de comunicação. A Palavra é sempre meio de comunicação, é o meio de comunicação humana por excelência. Sem ela, não poderemos comunicar entre nós, não poderemos nos entender, não poderemos trabalhar juntos. Ora, a Palavra de Deus é o meio da comunicação de Deus. Se quisermos estar em comunhão com Deus, devemos acolher em nós a sua Palavra.
No entanto, é Ele que, na sua bondade e generosidade, nos dá a sua Palavra, nos põe em comunicação, é Ele que fala por primeiro, que nos abre os ouvidos para que possamos ouvir, como diz um salmo, e nos dá a alegria de falar com ele. A palavra de Deus é também o melhor meio para estar em comunhão entre nós. Não nos iludamos: a verdadeira fraternidade somente é possível na palavra de Deus. Se nós não a aceitamos, os mais belos desejos, os mais belos propósitos de estar em comunhão com os outros estão destinados ao fracasso, porque fala o verdadeiro fundamento, que é a comunhão com Deus.
Peçamos a Santo André que nos ensine a ouvir, a acolher a Palavra de Deus de maneira generosa, de maneira simples, muito fraternamente, para estar em comunhão com Deus e com os irmãos.
Fonte: La Chiesa
Evento foi realizado de 15 a 20 de abril passando por Reggio Emília - Bassa Reggiana e Milão