Evangelho do dia: Em Jesus está o sentido da história

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O evangelho de hoje, de Lucas 21,20-28, fala dos acontecimentos trágicos pelos quais Israel deveria passar, fala da palavra de Jesus e da experiência da Igreja. A completa destruição de Israel na guerra do ano 70 e a angústia geral contêm já a semente da destruição do mundo.
A tragédia de Israel incomodou o povo do tempo de Jesus porque a terra dos seus antepassados foi devastada e reduzida a um monte de escombros. A queda de Jerusalém foi a confirmação das apreensões daqueles que diziam: “O tempo desta terra se cumprirá logo” (Lc 21,20-24) e as catástrofes sobre as quais descerá a sombra ameaçadora da morte se estenderão pelo mundo inteiro (Lc 21,25-26). No entanto, aqueles que acreditavam na imortalidade da alma humana sabiam muito bem que esses cataclismos não eram o fim do mundo, porque, se um indivíduo pode morrer, a sua alma se liberta e sobe para o céu.
Esta verdade é afirmada claramente na Nova Aliança. A Igreja, por outro lado afirma que, no meio das ruínas do mundo, ergue-se a presença salvadora de Deus, que nos oferece abrigo e salvação. A vinda do Filho do homem trará a justiça para cada homem. Assim, ao mesmo tempo, a Palavra misteriosa da devastação tem uma ressonância consoladora: “Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima” (Lc 21,28).
O sentido da história não está na destruição dos povos deste mundo. Por isso, nesta sucessão de massacres, nesta história privada de significado e que anula, esmaga a vida dos seus filhos, devemos escutar, sempre, as palavras de Jesus: “Alegrai-vos!”. A vitória não está no triunfo do mal ou da morte, mas em Cristo que nos convida a guardar a sua Palavra, a estar de prontidão e a seguir suas pegadas. A resposta às nossas interrogações sobre a vida e sobre o sentido da vida se encontra na ressurreição de Jesus, que é a verdade eterna. Tudo assume valor à luz de Cristo, no triunfo de Jesus sobre a morte. Quem descobre Jesus na própria vida encontra a plenitude absoluta da própria existência.

Fonte: La Chiesa