03/11/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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O evangelho de hoje, de Lucas 15,1-10, inicia-se assim: “Naquele tempo, aproximavam-se de Jesus para escutá-lo. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus”.
Logicamente, não eram todos os fariseus que criticavam Jesus. Tratava-se de um grupo reduzido que se formou contra Ele. A esse grupo faltava um comportamento interior de pobreza espiritual, indispensável para estar em sintonia com Jesus, para compartilhar os seus sentimentos.
A atitude deles vai ao contrário: isto é meu e de mais ninguém, não pode ser compartilhado com os outros. Essa facção estava convencida de que Deus era propriedade deles e de ninguém mais: os outros eram pecadores.
Você não ouviu isso na televisão ou da boca de pessoas que abordam você com propostas religiosas de milagres encenados?
Naquela época, esse pequeno grupo de fariseus e escribas se tornou os donos de Deus, os donos da salvação, os donos da vida espiritual. Eles até murmuravam contra Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Diziam isso, porque Jesus tirava deles aquilo que eles acreditavam ser propriedade deles.
Ao contrário, Jesus queria que eles compreendessem que, para estar unidos a Deus, não deviam se fechar no egoísmo, mas abrir-se aos outros, acolher os outros, inclusive aqueles que parecem menos dignos, como o próprio Deus faz.
Deus é a generosidade sem limites, aquele que cuida de todos, alegra-se com todos, preocupa-se com todos, em especial dos necessitados, isto é, daqueles que se encontram em uma condição de miséria espiritual e precisam de ajuda e conforto.
Quem é pobre de espírito deseja o bem dos outros, compartilha com os outros os dons que recebeu, sabendo que os dons se multiplicam pela distribuição. Quem assim faz está em condição de entrar em sintonia com Deus.
As riquezas espirituais foram comparadas com uma chama. Uma chama não perde nada quando comunica-se com outras, mas multiplica a luz. Se alguém quiser guardar a chama, ela se apaga. É assim também que acontece com as riquezas espirituais.
Peçamos a Deus para que sejamos abertos aos outros, libertando-nos do egoísmo, para que nos abandonemos nas suas mãos e tudo façamos em vista do bem que Ele nos faz e para que multipliquemos a graça que recebemos dele através do nosso batismo.
Apresentações continuam nesta terça e quarta-feira no auditório do bloco A