Evangelho do dia: Jesus: a passagem do conceito de Deus para o conceito de Deus Pai

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O evangelho de hoje é tirado de João 12,44-50. Este evangelho mostra Jesus no início do seu ministério. Jesus, nas suas relações com o povo e nas suas relações com Deus, deixa de usar o nome de “Deus” para introduzir aquele de “Pai”. “Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele é quem me ordenou o que eu devia dizer e falar. E eu sei que o seu mandamento é vida eterna. Portanto, o que eu digo, eu o digo conforme o Pai me falou”.

Assim, o conceito de Deus Pai se torna dominante no cristianismo, e é o próprio Jesus quem esclarece essa realidade de Deus como Pai.

Por que isso? O nome de “Deus”, tendo perdido o significado de um nome preciso, alem de poder ser aplicado também a um deus pagão, também podia ser aplicado às coisas. Dessa forma, tornou-se atributo, como podemos perceber na expressão: “o dinheiro é o seu Deus”. Assim, para alguns, “Deus” se tornou um nome frio, que não exprimia nem gerava qualquer sentimento ou afeto.

Diferente é o conceito de paternidade. Ele implica a ideia de filhos e filhas, sugerindo amor e ternura. Essa verdade é a chave que abre muitas portas, a luz que põe às claras aquilo que é santo e está escondido.

Jesus transmite a luz a um mundo tomado pelas trevas. Sim, Jesus respeita tudo o que faz parte da cultura judaica de sua época, inclusive a Lei, mas afirma que ela é incompleta. Sua tarefa é torná-la completa, não somente através daquilo que diz, mas também através daquilo que faz.

Ele torna real a verdade. Em geral, concebe-se a verdade como uma fórmula abstrata. Com Jesus, ao contrário, a verdade se faz pessoa. Ele não leva a verdade: revelando a verdade, Jesus revela o Pai. Ver Jesus significa ver o Pai. Recusá-lo, significa condenar-se a si mesmo.

Que Deus ajude os crentes de hoje a mostrar que vivem da verdadeira face de Deus como Pai e que eles vivam isso, principalmente nas famílias, para que os filhos possam encontrar nos lares a verdadeira face de Deus Pai.