Evangelho do dia: Jesus cura um paralítico no templo de Jerusalém

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Na primeira leitura de hoje, tirada do livro do profeta Ezequiel, nós encontramos a visão da água que dá saúde e vida e que simboliza a graça que Deus dispensa em abundância no tempo do Reino dos céus. Esse tempo chegou com a vinda de Jesus ao mundo. É o motivo pelo qual Jesus, no evangelho, tirado de 5,1-16, não leva o doente à piscina de Siloé, a fonte da graça do Antigo Testamento, mas o cura pela força do seu próprio poder.

Ele realiza esse milagre em um dia de sábado e ordena o homem que foi curado a levar a sua cama no dia de sábado, porque chegou o tempo de uma graça maior do que a Lei, e Jesus é senhor do dia de sábado.

No sacramento do batismo, todos nós somos integrados no tempo do Reino dos céus e, curados das nossas paralisias, recebemos a missão de ir pelo mundo para levar a todos os frutos da vida no Espírito.
Hoje, Jesus chama a nossa atenção, assim como o fez com o paralítico: não podemos recair na escravidão do pecado, a fim de que a nossa paralisia espiritual de cristãos não seja mais perigosa do que a paralisia da falta de fé, da qual Jesus nos libertou.

O tempo da Quaresma é tempo de exame de consciência. Será que nossa cidade, nosso país e o mundo cristão e pós-cristão não caíram de novo no paganismo, na idolatria do dinheiro, do sucesso e do poder? Será que não fomos de novo paralisados por não saber mais como vencer o mal social, político, familiar e pessoal? As estruturas do mal social não serão talvez o leito no qual jazemos com a nossa doença espiritual? Há ainda mais uma pergunta a fazer: será que nós nos tornamos vítimas das opiniões e dos costumes que pregam os meios de comunicação social, em geral?

Jesus nos chama pessoalmente à conversão. Antecipadamente, ele nos oferece o remédio da reconciliação com o Pai e a cura de todos os males. Ele nos diz, hoje: levante-se, tome consigo o leito em que você está prostrado e vá, viva e faça o bem. Cada um de nós, escutando o evangelho de hoje, deve encontrar a própria missão na orientação de Jesus: “levanta-te, vai e não peques mais!”.