29/10/2009 - 0:00 - UCDB
Fonte: Júnior Cordeiros
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O profeta é aquele que fala em nome de Deus. Sua missão é apontar os caminhos da conversão e da plena comunhão com os projetos de Deus. Embora sendo Filho de Deus, Jesus partilhou da sorte dos profetas: «Não é possível que um profeta morra fora de Jerusalém».
No evangelho de hoje, de Lucas 13,31-35, os fariseus vieram pedir a Jesus que Ele se retirasse porque Herodes estava querendo matá-lo. Jesus não se intimida com a ameaça e lhes diz: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém”. Depois, lamenta por Jerusalém: “Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintinhos debaixo das asas, mas tu não quiseste! Eis que vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não me vereis mais, até que chegue o tempo em que vós mesmos direis: Bendito aquele que vem em nome do Senhor”.
Jesus enfrentou a rejeição das autoridades do seu tempo. Assim como nos tempos antigos muitos profetas haviam sido mortos por falarem a verdade, por denunciarem o erro, por criticarem a corrupção entre os governantes, Jesus também irá enfrentar todas essas acusações.
Porém, se os grandes, os poderosos, o rejeitam, o povo simples, os humildes, os que têm sede de vida, não somente aprovam a sua mensagem como também o acolhem.
É dentro desse quadro que Jesus mostra a sua tristeza. Jerusalém rejeita tanto a Ele como ao seu ensinamento: “Jerusalém, Jerusalém! Tu que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados!”.
O nosso mundo não é tão diferente do mundo da época de Jesus. As comunicações melhoraram, os centros de poder se multiplicaram, mas a Europa na sua constituição recusou-se a reconhecer o valor da contribuição cristã para a sua formação. No Brasil, até o acordo com a Santa Sé que prevê a adoção do Ensino Religioso nas escolas foi criticado como um retrocesso nas relações entre Estado laico e religião.
No entanto, isso não é motivo para o cristão ficar desanimado. Jesus, de uma vez por todas, foi a Jerusalém. Ali, entregou a sua vida como sacrifício para que nós pudéssemos receber a herança eterna. Foi por causa disso que Ele não temeu o anúncio dos fariseus. Para Ele, Herodes não passa de uma velha raposa que vive tirando proveito de toda e qualquer situação.
Olhemos para nós e para nosso mundo, e alimentemos nossa vida com a Palavra redentora de Cristo. Ao lado do amor de Deus pelos homens, manifestado em Cristo, concretamente pelos da pátria em que Jesus morreu, aparecem a incompreensão e a ingratidão da própria cidade santa de Jerusalém. Mas, é no meio destes caminhos, cheios de pecados dos homens, que Deus vai preparar para esses mesmos homens a salvação pelo sacrifício de seu Filho na cruz. Jerusalém, teatro do pecado, será também o lugar no qual Jesus, assim como os profetas, dará a vida em reparação pelos pecados da humanidade.
Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A