Evangelho do dia: Jesus é a luz que ilumina as nações

02/02/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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Hoje, celebramos a apresentação do Menino Jesus ao Templo. Esta festa é também conhecida como a festa de Nossa Senhora das Candeias ou da Candelária e também Nossa Senhora da Purificação. Segundo a Lei deixada por Moisés, toda mulher judia devia passar por um momento de purificação no quadragésimo dia após o parto. Na verdade, pelo simples fato de ter dado à luz, a mulher ficava impuras. Não podia sequer frequentar o Templo durante esse período. No quadragésimo dia, devia se apresentar no Templo, a fim de oferecer um sacrifício – que podia ser um cordeiro e duas pombas ou duas rolas – e serem purificadas. Nós lemos isso no livro do Êxodo 13,11-13.

O evangelho desta festa é tirado de Lucas 2,22-40 e fala justamente da apresentação do Menino Jesus ao Templo. Ao chegarem lá, a Sagrada Família – José, Maria e Jesus – encontra-se com duas testemunhas habilitadas para que Maria possa oferecer o seu sacrifício. A primeira dessas testemunhas é um homem chamado Simeão e a segunda é uma mulher chamada Ana, também chamada de profetisa porque desde que perdera o próprio marido dedicava sua vida exclusivamente ao serviço do Templo.

De Simeão, Lucas fala que era um homem justo e piedoso. Quando viu o Menino, foi ao encontro de José e Maria, tomou-o nos braços e pronunciou um cântico de alegria pela vinda daquele que seria o Salvador de Israel: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.

Quanto a Ana, Lucas diz que era uma profetisa. Após sete anos de casamento, ficara viúva. A partir daí, começou a servir o Templo. Sua vida era toda dedicada à oração e aos jejuns. Ana, quando viu o Menino Jesus começou a louvar a Deus porque, para ela, finalmente havia chegado a libertação de Israel.

Maria e José ficaram admirados com tudo o que diziam a respeito de Jesus. Mas para Maria sobrou uma triste profecia, dita por Simeão: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”.

Lucas conclui o evangelho dizendo que, ao voltarem para Nazaré, Jesus crescia forte, em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens. Diz também que a graça de Deus estava com Ele.

A oferta de Maria – um par de rolas ou dois pombinhos –, embora simples, está marcada por dois momentos. Em primeiro lugar, ela faz um verdadeiro sacrifício de si. O sacrifício de Maria é prefigurado nas palavras de Simeão. O Filho que causava admiração em todos também trazia consigo um sinal de contradição que iria trazer-lhe uma dor tão lancinante como se uma espada lhe partisse o coração.

O segundo momento é a grande alegria que ela tem ao saber o que significará seu Filho para Israel e para o mundo: Ele será a luz que haverá de iluminar nações e glória para Israel. É por isso que essa festa é também chamada de Nossa Senhora das Candeias ou Candelária. Maria oferece ao templo o seu sacrifício de reparação, ao mesmo tempo em que leva consigo Jesus que é luz para o mundo.

A festa da Apresentação do Senhor traz para nós a lembrança de Jesus como aquele que traz esperança para o seu povo e para a humanidade. Com Ele, os cegos recuperam as vistas, os surdos ouvem e os coxos andam. Nesta festa é preciso irmos também nós ao Templo de Jerusalém para contemplar o quadro Sagrada Família estampada no rosto de Simeão e de Ana. Eles viram a aura de santidade em Jesus, José e Maria, pois a graça do Senhor estava com eles.

Esta festa é um convite a todos nós a vermos Jesus como a luz que tira as nossas cegueiras – por isso, o Padre Antônio Vieira, no Sermão sobre o nascimento da Mãe de Deus, diz que Maria é invocada pelos cegos – e também como aquele que distribui para todos nós as graças quem vêm do céu.

Rezemos, hoje, portanto, para que sejamos livres da cegueira espiritual que não nos deixa contemplar no Menino Jesus o nosso salvador. E que, por intercessão de Maria e José, nós possamos sempre fazer o que a Igreja manda: cumprir com as nossas obrigações de cristãos, dando o batismo às nossas crianças, e ser cumpridores da vontade de Deus.