08/01/2010 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Nestes últimos dias que antecedem o fim do período do Natal, Jesus continua se manifestando aos cristãos através de atitudes que soam estranhas ao seu tempo, mas que hoje não provocariam repulsa em ninguém.
Uma ministra da eucaristia contou que, certo dia, foi até o hospital do câncer, aqui em Campo Grande. Ela tinha se preparado para dar o melhor de si enquanto estivesse com os doentes. Havia ali uma senhora que estava em fase terminal. Nos momentos de maiores dificuldades, ela exalava um cheiro que nem os enfermeiros podiam suportar.
A ministra chegou e, mesmo sabendo que era evangélica, perguntou se podia rezar por ela. A mulher disse que sim e segurou sua mão. Enquanto rezava as dores se lhe sobrevieram e, à medida que se mexia, o seu cheiro ficava cada vez pior. Quando terminou a oração, a mulher perguntou à ministra como ela havia conseguido aguentar ficar perto dela. A ministra apenas disse: “se você, com toda a sua dor, ainda suporta a sua situação, Jesus é capaz de me dar forças para estar com você”.
O evangelho de hoje é tirado de Lucas 6,12-16. Lucas fala que um leproso se aproximou de Jesus e, com muita fé, disse que se Jesus quisesse ele poderia ficar curado. Jesus lhe disse: “eu quero, fica purificado”. Como era costume em Israel, quem fosse curado da lepra deveria cumprir com o ritual de se apresentar ao sacerdote e oferecer algo ao Templo como prova da própria purificação.
Jesus despediu o leproso pedindo também que não contasse nada a ninguém. Infelizmente, o leproso não parou de falar. Para não provocar escândalos, Jesus não entrava na cidade, porém, devido à sua fama, as pessoas iam procurá-lo nos lugares desertos.
Jesus não podia entrar na cidade porque havia tocado no leproso. Isso não era permitido a ninguém, porque havia o perigo de contaminação de uma pessoa para a outra. Ao tocar no leproso, segundo a tradição, Jesus também se tornou impuro.
A pergunta que fica para nós é essa: como alguém que purifica pode ficar impuro? Quando nós limpamos a nossa casa, podemos até ficar empoados, mas após um bom banho e uma troca de roupas tanto a casa quanto nós ficamos limpos. Para os judeus não era assim. Aquele que havia sido curado ficava limpo e aquele que o curara ficava impuro.
Talvez o que mais nos alegra neste trecho do evangelho é que nem Jesus nem o povo se preocupavam com esse tipo de convenção. Jesus era procurado onde quer que se encontrasse. Porém, Ele aproveitava os momentos de solidão para entrar em sintonia com o seu Pai através da oração. Era isso que o fortalecia para levar adiante a sua missão.
Quando a fé cresce dentro de nós, nós vencemos todas as barreiras possíveis que não nos permitem ir ao encontro dos irmãos. Os mais necessitados podem chegar até nós parecendo andrajos humanos, mas voltam purificados por causa da esperança que lhes damos. Jesus nos ensina a suportar tudo em nome de Deus: o cheiro que exala do doente; a loucura de um jovem drogado até que se recupere; as dificuldades do casamento quando a traição o abala; e inclusive as doenças, que, às vezes, parecem não nos dar esperança.
A única maneira de resolvermos qualquer situação difícil na qual nos encontramos é indo até Ele e falando como o leproso: “Senhor, se queres, podes me ajudar!” Tenha certeza, Ele não deixará você desamparado. Com a graça que você receber dele, você poderá também disponibilizá-la aos irmãos.
Que no fim desse período do Natal você seja capaz de ser a manifestação do Menino Jesus para o mundo!
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Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A