Evangelho do dia: Jesus ensina como descobrir se um profeta é verdadeiro ou falso

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No evangelho de hoje, de Mateus 7,15-20, Jesus nos convida a ser prudentes para não cair nos entusiasmos fáceis e quase sempre superficiais. A rotina do nosso dia a dia faz com que a nossa fé fique vazia, fria, sem perspectiva. É por isso que o estilo do Reino de Deus e as novidades inauguradas por Jesus propõem um caminho de conversão duro, mas não impossível, para todos os dias.

A porta que leva ao Reino é estreita, mas não impede a passagem de ninguém. Nestes últimos dias nós encontramos imagens explícitas que tornam a vida percorrida por Jesus não uma simples via de Cooper, por onde nós podemos fazer uma caminhada sem obstáculos.

Os ouvintes de Jesus sabiam bem das dificuldades que nasciam no compartilhar os ensinamentos no Mestre. Eles experimentavam isso todos os dias. Os obstáculos e os impedimentos provinham antes de tudo da condição humana, muito mais predisposta à satisfação das necessidades terrenas. Por isso, Jesus falava de cães e de porcos, de porta estreita e de porta larga.

Jesus, quando falava sobre isso, também queria alertar os discípulos para um mal que sempre bateu nas portas dos batizados. Trata-se de um risco religioso bem conhecido na época de Jesus e que jamais desapareceu da história do homem. No evangelho de hoje, encontramos o convite a que nós distingamos entre os verdadeiros e os falsos profetas.

Os falsos profetas, ontem como hoje, são aqueles que mostram uma face sedutora, mas carregada de hipocrisia e engano. Eles amam se esconder por trás da Palavra de Deus, mas pronunciam somente palavras humanas. Jesus nos ensina uma maneira de combatê-los: vendo que frutos eles produzem.

É uma realidade séria sobre a qual precisamos estar atentos. A própria comunidade de Jesus sofreu com isso. Sabemos que entre os doze, um se tornou traidor. Não foi diferente na Igreja órfã de Jesus: o episódio de Atos 5, que fala de Ananias e Safira, testemunha essa fragilidade humana.

As imagens tiradas do mundo agrícola nos lembram a pedagogia divina que busca tornar claro o perigo que o cristão corre se não estiver com as antenas conectadas na mesma sintonia do céu. O cristão que está com sua fé fria, sem o alimento da Palavra de Deus e da Eucaristia, pode ceder à tentação de substituir o Cristo do seu batismo por outro Cristo que pode trazer uma satisfação momentânea, mas que não irá lhe trazer a sensação de plenitude.

Devemos estar atentos a quem fala em nome do Salvador. Somos bombardeados todos os dias por mensagens que se dizem evangélicas, mas a Palavra de Deus permanece como a única capaz de iluminar o caminho que nós percorremos. Ela é a única que é capaz de confirmar se somos capazes de produzir frutos bons.