27/09/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
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Jesus foi se tornando cada vez mais uma pessoa incômoda, pois, devido ao seu jeito de acolher e falar, passou a ser um Mestre muito ouvido e admirado.
O centro político e religioso de Israel era Jerusalém. Ali, as lideranças passaram a analisar com desconfiança as palavras e as ações de Jesus. Sua popularidade poderia colocar em risco a aparente tranquilidade conquistada apesar do domínio romano.
Embora Jerusalém fosse um lugar hostil, Jesus começou uma caminhada para a cidade, com a finalidade de celebrar a Páscoa. Essa caminhada, no entanto, culminará na sua paixão, morte e ressurreição.
Ele tem consciência disso e inicia a sua caminhada para a Cidade Santa sem medo quanto ao futuro que o reserva.
As hostilidades começam logo que Jesus e seus discípulos entram no território da Samaria. Segundo o evangelho de hoje, de Lucas 9,51-56, um dos vilarejos samaritanos não aceitou recebê-Lo.
Jesus percebe, então, que, de agora em diante, muitos serão aqueles que Lhe darão as costas, que os chefes e o povo cairão sobre Ele como cachorros em busca da presa.
No vilarejo samaritano, Jesus percebe que os discípulos ainda precisam entrar num outro patamar, o da aceitação da rejeição. Ele aceita cumprir com a sua missão, que é realizar a do Pai, enquanto eles ainda pensam em termos de vingança.
O mal que receberá e a dor que muitos homens lhe infligirão, levá-lo-ão a pedir perdão pelos torturadores. É assim que Ele mostrará aos discípulos que o mundo novo construído sobre o seu sangue não passará jamais pelo fogo da ira divina que Tiago e João queriam fazer cair sobre o vilarejo samaritano.
Assim, os discípulos de Jesus aprendem a não ser violentos, a retribuir com a força o mal que alguém praticou. Ao contrário, Jesus ensina a praticar a misericórdia e o perdão.
A violência, como sabemos, começa às vezes de maneira gratuita. Ela suscita o instinto primitivo do homem, que libera forças inimagináveis.
Uma sociedade que vive sob o estigma da violência precisa de modelos diferentes para não provocar a dor nas mães que sofrem com a perda dos seus filhos, para evitar que as máfias da droga e da corrupção tomem conta do espaço público.
O modelo alternativo apontado por Jesus é o do perdão. Ele não incita o ódio em nome de Deus, mas suscita o coração dos homens para a compaixão e a misericórdia.
Evento é voltado para estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas