01/02/2012 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
É com alegria que Jesus volta à sua casa. Segundo o evangelho de Marcos 6,1-6, ele vai à sinagoga, onde sempre costumava ouvir os comentários sobre as Escrituras.
Dessa vez, é ele mesmo que é chamado a explicá-la. E ele explica com simplicidade e profundidade, com autoridade.
No entanto, aqueles que o escutam ficam espantados. Não conseguem entender como uma criança, um rapaz, o operário que conheceram durante os anos em que viveu em Nazaré, possa ser um profeta. É um deles. Portanto, isso é impossível.
Jesus também fica admirado com a falta de fé da sua gente e por isso não pôde realizar nenhum milagre ali.
Existe no ser humano, cheio de problemas e necessidades, uma estranha aridez e, ao mesmo tempo, uma forte tendência ao ciúme, geralmente camuflada de zelo pela justiça e pela busca de igualdade.
Nós aceitamos as diferenças com dificuldade. O diferente, sobretudo se está perto de nós, causa medo. Quando está longe, nós até aceitamos. Porém, dificilmente aceitamos que quem convive conosco possa ser melhor do que nós.
Nós hoje em dia vivemos de abstrações e declarações formais que deixam a nossa consciência tranquila. Falamos de direitos humanos, de igualdade para todos, de justiça para os mais fracos, de negação solene de qualquer espécie de racismo.
No entanto, é fácil ouvir falar de mendigos e índios que são queimados nas avenidas de nossas cidades.
Então, não podemos negar: temos uma espécie de discriminação subliminar dentro de nós. As lindas declarações que saem dos nossos lábios, que traduzem as nossas convicções intelectuais, escondem sempre alguma exceção concreta que está no nosso coração.
Amamos a todos, respeitamos a todos, mas existem quatro ou cinco exceções que não merecem a nossa simpatia. Essas exceções são a bomba pronta para ser detonada que vai deixar as nossas convicções abaladas.
É por isso que Jesus nunca disse: “ame a todos”, mas disse: “ame o seu próximo!”. Isto é, o teu vizinho, aquele que está ao seu lado, aquele com quem você cruz pelas ruas, ou com quem se encontra nos terminais urbanos. Aquele que parece diferente, aquele que não pensa como você, aquele que deixa você arrasado… é a esse que você deve amar.
O evangelho de hoje nos convida a reconhecer humildemente que diante de qualquer tendência à discriminação, devemos dilatar o nosso coração, porque do amor ao nosso próximo, nós poderemos amar toda a humanidade.
Apresentações continuam nesta terça e quarta-feira no auditório do bloco A