Evangelho do dia: Jesus semeia a Palavra em abundância

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O evangelho de hoje, de Mateus 13,1-9, fala da parábola do semeador. Segundo Jesus, Ele semeia em todos os lugares possíveis: à beira do caminho, entre as pedras, entre espinhos e em terra boa.

A parábola é muito conhecida por todos. No entanto, nós nem sempre prestamos a atenção no elemento que o semeador tem nas mãos: a semente.

Ele tem em suas mãos uma abundância de sementes que é de se espantar. É por isso que, à primeira vista, ele não se preocupa com o desperdício de jogá-las em lugares que para nós não produziriam frutos.

Os lugares nos quais o semeador joga as sementes também são insólitos. À beira do caminho, a semente cai e é comida pelas aves; no meio de espinhos, a semente é sufocada; no meio dos pedregulhos, ela não consegue sobreviver por causa do calor.

Existe somente um lugar para a semente produzir frutos em abundância: em terra boa. Ali, ela dá frutos na ordem de cem, sessenta e trinta por cada grão lançado na terra.

O semeador é Jesus. A semente é a novidade do Reino de Deus que anunciado na terra. Ele é um semeador que não faz economia de palavras, mas age em vista da missão, lançando as sementes.

Jesus foi peregrino nas estradas de Israel. Falou às margens das estradas, e, numa delas, curou o cego Bartimeu. Teve tantas vezes que fugir para o deserto, onde não somente venceu as tentações, mas também se viu sufocado pelo poder religioso opressor, que também o colocou no rol dos impuros; subiu ao monte com os seus discípulos para mostrar a sua origem divina, principalmente no monte Tabor.

Em nenhum desses lugares Ele deixou que a sua missão visse o fracasso. Não separou as sementes de acordo com um critério especial. Apenas quis lançá-las por onde passava. Ao agir assim, Ele está nos convidando a lançar a semente da Palavra no mundo, sem hesitações, sem julgar onde deve cair, porque não falta semente para ser plantada.

A semente da Palavra tem sua força, tanto que onde quer que caia ela germina. De um lado, somos nós os semeadores, mas de outro, somos a terra onde a semente é lançada. A escuta da palavra nos convida a refletir também sobre a acolhida da Palavra na nossa vida, na nossa experiência diária, no nosso coração.

Ela já foi plantada. Espera que produzamos frutos de diálogo, acolhida, compaixão, misericórdia, santidade, justiça, lá na nossa família e onde quer que estejamos.