Evangelho do dia: Jesus tem o DNA divino

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O ano de 2002 assistiu ao filme Identidade Bourne, cujo personagem principal era Jason Bourne, estrelado por Matt Damon. O enredo do filme é sugestivo. Bourne, após ter sido baleado, fica à beira da morte. Com a ajuda de um médico aposentado consegue se recuperar dos ferimentos, mas não se recorda quem é. Encontra, então, um chip implantado no seu quadril contendo informações sobre uma conta num banco de Zurique. No seu cofre, descobre uma arma além de seu nome e que reside em Paris. Mas fica intrigado com o monte de passaportes falsos, com a grande quantia de dinheiro que encontra e com as habilidades de autodefesa. A única coisa que não sabe é sobre o que o futuro lhe reserva.

O que você faria se tivesse sua identidade questionada? No Brasil, para saber quem nós somos, basta que apresentemos a nossa carteira de identidade. Quando alguém apresenta uma carteira de identidade falsa, tem que responder a um processo por crime de falsa identidade, previsto no artigo 307, do Código Penal, que pode tem como pena de detenção de três meses a um ano.

Jesus teve sua identidade questionada não por causa de sua filiação – filho de Maria e de José – ou por causa de sua naturalidade – não como nascido em Belém, mas como habitante de Nazaré –, mas por causa da sua pretensa natureza divina. Ele se declarava como o Messias, isto é, o enviado de Deus para restabelecer a paz, a justiça e uma nova ordem política em Israel.

No evangelho de hoje, de João 10,22-30, os judeus falam para Jesus o seguinte: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”. Jesus lhes diz que as obras que realiza testemunham quem Ele é o enviado do Pai, mas eles não acreditam.E conclui: “Eu e o Pai somos um”.

Naquele momento, Jesus não foi preso por essa pretensa origem divina, mas foi criando o ambiente para tal. Não tinha nenhum chip encravado em alguma parte do seu corpo, mas tinha gravado no seu DNA o selo divino e todos os seus atos mostravam que Deus estava com Ele nas obras que realizava. Sua identidade era para muito clara: “Eu e o Pai somos Um”. Sua única arma, no entanto, era a Palavra e o que ela realizava. E Ele tinha plena consciência de quem era. Por conta disso, sabia também o que o aguardava no futuro.

Os cristãos conhecem a identidade de Jesus, mas precisam também saber que em seu DNA corre a certeza de que assim como Ele e o Pai são Um,e que devem formar uma comunidade forte, com uma identidade bem definida: a de seguidores de um Mestre que caminha pelo mundo fazendo o bem. Essa identidade precisa ser sempre fortalecida pela certeza de que, com a fé e como comunidade unida, eles podem superar a falta de fé presente neste mundo.

O que você tem feito para ajudar o mundo a ver que Jesus é o Filho de Deus e que Ele é ainda a resposta que este mundo precisa para a violência e a inversão de valores que estamos vivendo hoje?