Evangelho do dia: Mateus: aquele que experimentou a misericórdia de Deus

21/09/2010 - 0:00 - UCDB

Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral

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No evangelho de hoje, Mateus 9,9-13 conta a história do seu chamado por Jesus. Ele diz que um dia Jesus passou por uma agência da Receita e viu um homem que cobrava impostos. Sem pestanejar, chamou-o e ele, imediatamente, deixou tudo e o seguiu.
Num almoço em sua casa, aconteceu a reprimenda de Jesus às pessoas que O criticavam por estar na companhia dos publicanos e dos pecadores: “Aqueles que têm saúde não precisam de médico, mas sim os doentes. Aprendei, pois, o que significa: ‘Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores”.
Mateus, cuja festa celebramos hoje, reconhece-se um publicano chamado por Jesus, um daqueles publicanos pouco honestos e desprezados como colaboradores dos romanos que ocupavam a Palestina. Mas ele se apresenta como publicano perdoado e chamado, e assim, ajuda-nos a entender em que consiste a vocação do apóstolo. Antes de tudo, apóstolo é aquele que reconhece a misericórdia de Deus.
Pode-se dizer que uma pessoa que tenha um profundo sentimento da misericórdia de Deus, não de maneira abstrata, mas por experiência, está preparada para um autêntico apostolado. Quem não possui esse conhecimento, mesmo sendo chamado, dificilmente poderá tocar as almas em profundidade, porque não comunica o amor de Deus, que é um amor misericordioso.O verdadeiro apóstolo, como diz São Paulo, é cheio de humildade, de mansidão, de paciência.
Peçamos ao Senhor que tenhamos esse profundo sentimento da nossa finitude e da grande misericórdia de Deus. Somos pecadores perdoados. Ainda que não tenhamos jamais cometido algum pecado grave, devemos dizer como Santo Agostinho que Deus nos perdoou antecipadamente os pecados que pela sua graça não cometemos. Agostinho louvava a misericórdia de Deus que lhe havia perdoado os pecados que, por sua culpa, havia cometido e aqueles que por pura graça do Senhor havia evitado. Todos, portanto, podemos agradecer o Senhor pela sua infinita misericórdia e reconhecer a nossa pobreza de pecadores perdoados, exultando de alegria pela bondade divina.