20/06/2011 - 0:00 - UCDB
Fonte: Pró-Reitoria de Pastoral
Veja as últimas notícias da UCDB para você que está interessado em UCDB
O evangelho de hoje, de Mateus 7,1-5, como tem acontecido nos últimos dais, é uma continuação do sermão da montanha. Jesus continua a explicar aos seus amigos, e a nós, que as Bem-Aventuranças são propostas que devem ser vividas no dia a dia, mas que, para torná-las reais é preciso que nós abandonemos todas as seguranças espirituais que até gora foram importantes para nós. Assim como na relação com as riquezas, que vimos no último sábado, no evangelho de hoje Jesus retoma o tema da justiça.
A justiça é um termo cuja definição é difícil. No entanto, se quisermos defini-la é preciso partir do princípio de que é preciso dar a cada um aquilo que é seu de direito. Se partirmos para o campo psicológico, o termo será considerado a partir da capacidade que a pessoa possui de julgar de acordo com o direito e a melhor consciência.
Assim, a justiça permite um trânsito fácil, mas coerente pelos valores éticos, culturais e morais, e pelos direitos sociais, individuais, estatais, entre outras acepções.
É por isso que a justiça humana é colocada sob a guarda de pessoas extremamente habilitadas para a sua aplicação. Na verdade, isso acontece porque quando falamos de justiça sempre nos deparamos com o problema crônico de olharmos para o limite entre nós e os outros. Então, passamos a usar todo o aparato humano existente em benefício próprio, segundo um critério muito particular de julgamento. Assim, saímos proferindo sentenças, aplicando penas, condenando.
No evangelho de hoje, Jesus, como sempre, usa palavras claras: todos somos habitados pelo desejo de achar nos outros os erros que nós mesmos comentemos, e culpamos os outros por esses mesmos erros. Assim, conseguimos absolver ou justificar a nossa própria fraqueza.
Mas, se o nosso desejo é alcançar o Reino de Deus, também essas atitudes consolidadas devem ser repudiadas. Jesus nos pede outra coisa. Se quisermos ser perdoados por Deus, precisamos praticar não o julgamento das atitudes dos outros, mas o perdão como parte da nossa relação com o nosso próximo.
Filhos do Deus único, todos somos marcados pelas nossas fraquezas e todos somos pecadores, mas não podemos arrogar para nós o direito de decidir, isto é, de julgar, no lugar de Deus. Antes, somos convidados a compartilhar, juntos, um caminho comum de conversão.
Ainda uma vez as petições do Pai nosso recolhem, na breve fórmula litúrgica, a escandalosa novidade do Reino: Deus Pai misericordioso certamente nos perdoa e é um juiz justo e paciente porque conhece as nossas fraquezas e nos ama.
Mas o convite é terminante: “como nós perdoamos aos nossos devedores” inaugura uma estação completamente diferente. Essa é a justiça do Reino, e não a humana. Para que nossos pecados sejam perdoados é necessário que nós perdoemos aqueles que aceitamos que sejam nossos irmãos.
Evento será realizado no auditório do bloco M
Evento será realizado em sala de aula no bloco A